tag:blogger.com,1999:blog-91971226309083632522024-03-19T01:47:02.728-07:00NILOROSAEspaço destinado ao debate de idéias. A contribuição de cada um será bem vinda.Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.comBlogger168125tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-12312319030368677622024-02-29T16:48:00.000-08:002024-02-29T16:49:13.341-08:00Racismo e Estado<p> </p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Só poderá existir
desenvolvimento sustentável quando estiver presente a livre circulação dos
fatores de produção. No caso do Brasil, todos os fatores sofrem pressão de
outros agentes. Destes agentes destacamos o Estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Historicamente o estado
brasileiro, em suas três dimensões vem tento tido papel nefasto para o
desenvolvimento. No momento atual, é o desenvolvimento sustentável que se vê
ameaçado pelo Estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O insentivo aos
incêndios, a ocupação das áreas de preservação são fichinhas diante dos
ataquees<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aos direitos humanos.
Assassinatos em serie, violência contra as mulheres são exacerbações que
acompanham as falas das autoridades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A longa escravidão no
Brasil não aconteceria sem ação do Estado. A ação do estado procurava garantir
a sustentabilidade de um regime que se nutria de humanos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Estado aplica aquilo
que os grupos de pressão que estão nas mãos das elites culturais conservadoras
necessitam para ajudar na reprodução do seu capital<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-51361650633710377542023-09-16T15:05:00.001-07:002023-09-16T15:05:28.237-07:00 Quem foi Ivan Carvalho ? Uma vida dedicada à luta contra o racismo<p><br /></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="MsoIntenseReference"><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">Quem foi Ivan Carvalho? Uma vida dedicada à luta contra o</span></span><span class="MsoIntenseReference"><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></span><span class="MsoIntenseReference"><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">racismo<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="MsoIntenseReference"><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Neste dia, 16 de
setembro 2023, Ivan Carvalho completa 74. Sua dedicação a luta contra o racismo
coloca-o entre os imortais desta luta. Profissional respeitadíssimo, pai
dedicado e militante político. Este brilhante político deixou marcas indeléveis</span>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Foi um pai dedicado que
proporcionou aos filhos o que havia de melhor no ensino em Salvador. Sua preocupação
com a educação fazia parte de sua vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Engenheiro químico,
Ivan Carvalho atuou como profissional autônomo na Secretaria da Receita Federal
por algumas décadas. Ivan se destacou como um dos profissionais mais
requisitados de sua área. Formado em Economia pela Universidade Federal da
Bahia. Formulava e operacionalizava seus próprios projetos. Com destaque para o
SITOC.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No campo político/partidário,
atuou de forma independente das correntes das elites culturais e de seus satélites
no movimento negro. Cuidava pessoalmente de vida política sem aceitar
financiamento nem patrulhamento ideológico. Destacou-se pela sua independência
em relação às ideologias exóticas que controlavam a política no processo de distensão.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Neste espaço a insurgência e a sua forma
de atuar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em sua primeira candidatura
a deputado federal, abusou da criatividade, coragem e insurgência. Nesta,
produziu o manifesto Pretos Oitenta e Dois onde defendia buscar a unidade dos
candidatos negros em prol da centralização da luta contra o racismo. Esta
ousadia lhe rendeu muitos desafetos que, naquela época, não acreditavam na centralidade
da questão racial. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Foi candidato a Senador,
destacando-se ao desmascarar, em debate público, como o “ex-dono da Bahia”
manipulava a cultura baiana. Enquanto o representante da elite cultural
reformista trocava afagos com o tirano, Ivan Carvalho procura desmascará-lo Por
este atrevimento foi duramente perseguido pelos acólitos do capo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Criador do SITOC em
1987, neste espaço procurava construir um ambiente onde a política, a cultura e
o social se integrassem de forma educativa. Neste espaço, os movimentos
políticos e sociais faziam muitas atividades. O sentido era servir ao movimento
e acima de tudo promover uma integração. Era um espaço de formação política. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por tudo isto e por
muito mais que vamos descobrir, Ivan Carvalho merece ser lembrado estudado e
aplaudido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Professor Doutor Nilo
Rosa dos Santos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-42739503877270415822023-07-22T06:13:00.000-07:002023-07-22T06:13:31.887-07:00Sucateamento ou rebaixamento: o dilema das universidades baianas<p> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Vamos ver como as elites negam-se a construir instrumentos de intervenção com vão na direção do avanço tecnológico. De fato, as soluções para nossos atrasos são sempre buscadas no estrangeiro.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">O mantra da elite cultural é colocar a culpa pelos nossos fracassos no Outro. Aqueles da Cepal colocavam a culpa pelas perdas em nossas relação de troca internacionais em nossos parceiros comerciais. Aqueles que os golpistas de primeiro de abril de 1964 acusavam de querer destruir a família com o famigerado comunismo. A imensa contradição é que a solução das nossas mazelas também cabe ao outro. Vamos analisar este paradoxo sub prisma do nosso atraso industrial.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">As elites culturais locais associadas ao capital internacional atraem grandes empresas para a instalação de fábricas. Para isto oferecem vantagens econômicas e financeiras a custas da sociedade. Estabelecem prazos para o fim destes benefícios. Ao fim deste prazo o empreendimento perde a lucratividade e as empresas se retiram do Estado.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A indústria automotiva é um exemplo emblemático. Por duas vezes as elites culturais da Bahia tentaram atrair estas indústria. Na segunda vez, ela foi bem sucedida. A fabrica de carros Ford foi instalada em 2001. Ficou vinte anos, isto é enquanto os incentivos a tornava competitiva. Não transferiu qualquer tipo de tecnologia. Os componentes de alta tecnologia vinham de suas produções no exterior. Na época eu trabalhava no aeroporto e liberava, válvulas e outros equipamentos.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A solução é investir no mercado interno. “Obá ... </span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">É no xaréu que brilha a prata luz do céu”. Esta a afirmação é de outro gênio de Santo Amaro, Caetano Veloso. Mas as elites sabem disso, por isso procuram. Tecnologia não se importa. Produz-se quando se investe nas universidades, mas</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"> . </span><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Este investimento em tecnologia torna-se impossível em função do rebaixamento das universidades a departamento da Secretaria de Educação.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">O problema é que este mercado é majoritariamente de afro-brasileiros. E as elites culturais da baiana, seja reformista ou conservadora, não tem nenhum interesse em atender a um público com esta especificidade. Portanto, a solução de investir no mercado interno se torna uma questão política.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A solução proposta é o mais do mesmo: descredito do mercado local. Incentivos, subsídios e vantagens, quando tudo isto acabar, caminho da roça; disse Olívio Dutra “tchau sem a Deus”. Ontem os americanos, agora os chineses. Eles estão sempre procurando seu salvador.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A Ford foi embora. quero novidade! Esta partida já era esperada. Estão todos mentindo, fingido surpresa. Todos sabíamos que mais cedo ou mais tarde isto aconteceria. Foi tarde! E pouco tem a haver com a pandemia, como alegaram. Esta alegação serve, sobretudo, como uma espécie de álibi. É a movimentação do capital em busca de resultado.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A indústria automobilística está em crise no mundo todo em função principalmente das mudanças tecnológicas, ambiental e da entrada no mercado dos produtos da indústria asiática. Aqui, a crise é fundamentalmente uma crise de mercado. Não se pode esquecer que a proposta do fundador da Ford era construir carros acessíveis ao cidadão comum. Por razões já mencionadas, este cidadão comum não está na pauta do governo.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Hoje, são os chineses os salvadores da “pátria”. As promessas são as mesmas, criação de empregos, transferência de tecnologia. As duas propostas devem ser relativizadas. Os empregos serão dados aos robôs e tecnologia não se transferia sem investimentos nas universidades.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Portanto, fica evidente que n</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">a “terra do branco mulato a terra do preto doutor” são os “Outros” os destinados a encontrar a solução de nossos problemas.<span style="color: #0f1419;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Nos passos de Querino, rumamos ao IX CBPN</span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-6541032455029043272023-07-17T12:37:00.003-07:002023-07-17T12:37:42.788-07:00 Elite, Satélite e dialética<p> <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Elite, Satélite e dialética</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Vamos discutir como as elites culturais constroem a hegemonia no processo politico, construindo cadeias de transmissão com base em seus satélites. As ideologias juntamente com métodos bem aceitos são capazes moldar o comportamento de seus satélites.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;">As elites culturais reformistas determinam as pretensões de suas bases. Os satélites são fundamentais. Estes só podem ser quadro política de base, nesta condição acessam o apenas aos textos de agitação política que lhes são passados como sendo produção cientifica.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;">As elites culturais reformistas brilham como astros. Entorno delas, seus satélites absorvem sua luz; repetem seus discursos e aplicam seus métodos. Acreditando que fazem uma ciência politica revolucionária. Para estas elites, seu método revolucionário, capaz de dar respostas a todas as contradições é a dialética. Assim, os satélites passam a utilizar este método para resolverem as contradições que enfrentam. Deixando de procurar em sua cultura ou em outras, respostas para muitos impasses.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;">Nem todas as culturas constroem seus discursos na busca da síntese entre o bem e o mal. A tese, a antítese e a síntese podem construir um bom cominho na busca das contradições históricas. O que é a dialética? Nada mais é do que a forma de construir o discurso de uma determinada cultura. O “discurso da autoridade” é capaz de aportar soluções mais imediatas.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419;">A analise dialética é importantíssima para a compreensão da história das lutas econômicas. Mas tem pouca condição de contribuir na compreensão das disputas entre as culturas. O que acontece é que as lutas culturais são determinantes para compreender as ação das elites culturais. Portanto, sem compreender que “</span>Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”, as elites culturais orientam seus satélites para atingir seus objetivos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Concluímos que as ideologia e os métodos das elites culturais buscam e conseguem manter a estrutura racial no poder.</p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-10822029405810667972023-07-07T17:28:00.000-07:002023-07-07T17:28:22.996-07:00Dois Olhos de Ressaca aos Cadernos Negros.<p>Dois Olhos de Ressaca aos Cadernos Negros. </p><p><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Objetivo com este texto mostrar a importância da leitura dos clássicos para a melhor compreensão da realidade social. Estes podem estar na literatura romântica, na literatura econômica e na literatura filosófica. Associar a leitura dos clássicos a uma leitura da sociedade social é uma das soluções ideias para a mudança da realidade.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Para atingirmos nossos objetivos, vamos focar nossa atenção em Machado de Assis, Manuel Querino, Celso Furtado e Fenando Henrique Cardoso. Estes autores em áreas diferentes do conhecimento, nos trazem informações, que lidas de forma adequada, fortalecem a formação dos jovens. Machado em Dom Casmurro; Querino em Cultura Baiana; Furtado em </span><i>Formação econômica do Brasil</i><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> e FHC em As Ideias e Seu Lugar, contribuem largamente para a este propósito.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Em Machado, vamos discutir o sentido dado aos olhos de “ressaca” de Capitu, dentro do contexto da realidade de uma economia escravagista das elites culturais. O contato com a produção de um autor afro- brasileiro como Machado pode motivar uma interpretação e o aprofundamento da realidade e das relações sociais. O problema reside na leitura da língua culta deslocada do contexto social do autor. Os jovens na sala de aula fazem uma leitura dos textos da língua portuguesa de acordo com sua realidade social. Por isso, é preciso levar isto em consideração para uma melhor produção e avaliação do ensino da língua na periferia.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Na adolescência, uma dos autores obrigatórios é Machado. Quem ainda não ouviu falar dos “olhos de ressaca de Capitu”. Notabilizado por Machado, nosso maior escritor, não por acaso afro-brasileiro, em Dom Casmurro. Nasceu preto e pobre, de um pai descendente de africanos em um morro da zona do cais do Porto do Rio de Janeiro. Morreu branco e rico na parte rica da cidade. Os olhos de ressaca de Capitu viram símbolo de atração fatal.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Machado, ao contrario de importantes escritores negros de sua época, adquiri notoriedade, portanto, visibilidade ainda enquanto produzia seu genial legado. Seus romances são do gosto dos melhores leitores, retratando a vida e o cotidiano do carioca. Assim, em uma linguagem que vai direta ao gosto de vários segmentos, ele consegue esquecer a sua cor e superar suas origens sociais.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Os Cadernos Negros através de um literatura comprometida tenta dar visibilidade ao afro-brasileiro, uma vez que “a invisibilidade social do afro-brasileiro se manifesta, ainda, na incapacidade de enxergá-lo fora dos papéis sociais a ele destinados pela sociedade”. Com efeito, falando de si da sua realidade e para seu mercado, os autores destes cadernos dão visibilidade a uma literatura engajada.</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Em Querino, o sindicalista, o politico e o produtor de cultura, vamos ver a evolução da necessidade de mudança, com efeito a politica foi percebido como algo além da fronteira. Neste gênio, percebesse nitidamente a compreensão papel da cultura na possiblidade de transformação, algo ainda obscuro para muitos “iluminados” pela cultura do sequestrador e exterminador europeu.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">O compromisso dos jovens hoje em dia pode ser resgatado se seguirmos os passos de Manoel Querino. Este talvez seja o intelectual mais completo do século IXX. Querido vai da arte a cultura, passando com êxito pela militância sindical e associativa e parlamentar. A leitura das obras de Querino e seu percurso são fundamentais para compreender a possibilidade de mudança.</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Em Celso Furtado, vamos ver uma leitura da mão de obra negra plena de preconceito eurocêntrico. Em FHC, vamos ver como as ideias econômicas e filosófica transformam-se quando adentram em nossas fronteiras. Neste ponto, a CEPAL em sua analise clássica esquece a realidade local. Por tudo, isto é fundamental a leitura da língua sem perder o foco na realidade em que se vive.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Na juventude, ao adentrarmos em nossas universidades, somos obrigados a ler Celso Furtado, principalmente sua magnifica obra, Formação Econômica do Brasil. Na parte que nosso economista se refere a formação da mão de obra no Brasil, somos levados a crer que somos indolentes e débeis mentais. Passamos a acreditar que somos os responsáveis pelo atraso do país. Furtado não consegue perceber como a “Cultura, enquanto instituição, age para invisibilizar os Afro-brasieliros.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Também é indispensável a leitura de Fernando Henrique Cardoso. De suas fantásticas obras, escolhemos para comentar “As ideias e seu lugar : ensaios sobre as teorias do desenvolvimento”. As ideologias que chegam nestas paragens sofrem transformações para atender os interesses dos grupos e segmentos sociais. Uma dessas ideologias é o liberalismo que é aplicado no sentido inverso na sua matriz.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Todos estes autores tem suas obras e suas vidas dentro de uma arena que modernamente chamamos mercado. Esta arena é regulada por instituições. Estas<span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122;"> “abrangem quaisquer formas de restrição que os seres humanos engendram para moldar a interação humana”. São estas restrições fundamentais na leitura de nossos clássicos.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-family: "Times New Roman", serif;">Em resumo, é preciso buscar, primeiramente a realidade social do autor para fazer uma leitura dos clássicos que possam trazer a realidade para o debate sem distorções importadas.</span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-89435368355402650692023-07-03T19:35:00.004-07:002023-07-03T19:35:40.192-07:00Persistência e determinação: nos passos de Querino<p> <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt;">Persistência e determinação: nos passos de Querino</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">A Associação de Pesquisadores Negros da Bahia – APNB é a seção baiana da ABPN, ou deveria ser. Ela foi criada para construir o IV COPENE. Idealizada, em 2004, por um grupo de intelectuais que se organizaram para trazer este evento para Bahia. Por questões operacionais e legais isto não foi possível. Contanto com apoio de especialistas, ela foi formalizada em agosto de 2004.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Sem controle ideológico e se vinculo com as instituições públicas a Associação se apoiou no prestígio que seus fundadores tinham nas instituições universitárias nas quais lecionavam e pesquisavam. Embora a maioria dos pesquisadores fossem próximas ou filiada ao Partido dos Trabalhadores, estes não comprometiam a Associação com os interesses deste partido.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Durante três anos seguidos ela ficou à deriva, como que a abandonada. Somente em 2007, ela reaparece para a realizado do Primeiro Congresso Baiano de Pesquisadores Negros. Realizado entre na Universidade Federal da Bahia, sendo coordenado pela Professora Doutora a Florentina da Silva Souza. Neste mesmo evento, foi escolhido a Universidade Estadual de Feira de Santana para sediar o Segundo Congresso de Pesquisadores Negro, qual tive o prazer de coordenar.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Fui presidente da Associação por quatro vezes. Por duas razoes, a primeira é o desinteresse dos pesquisadores negros, a segunda era meu interesse em razão da compreensão que tenho que as organizações negras devem ter direções estáveis, alias isto é o que acontece na pratica com as principais organizações negras na Bahia. Eleito para a primeira gestão no Congresso da UFBA, em Salvador em 2007 e reeleito no Congresso da UEFS. em Feira de Santana em 2009. Retornando a Direção em 2011 em Jequié, sento reeleito em Porto Seguro. Neste longo período mantivemos nossa página da internet, com todos os acervos dos congressos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Estar por longo tempo a frente desta entidade me fez compreender o sentido da independência e o compromisso ideológico que muitos militantes engajados na “luta de classes” tinham em relação as organizações de intelectuais negros. Principalmente os burocratas negros e pardos. Éramos tratados como quem incomodava quando faziam alguma demanda especificamente para os eventos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Apesar de todas as dificuldades, a APNB foi capaz de realizar nove edições bianuais sem interrupção graças ao prestígio de seus pesquisadores juntos as suas instituições. Com efeito, reitorias, departamentos, colegiados etc. colocavam suas instalações e, muitas vezes, forneciam recursos. A recusa a contribuição das instituições publicas sempre foi explicitada, salvo raros casos, estes em decorrência das relações pessoais de negros dentro das instituições publicas</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">As contribuições destacavam a necessidade de uma luta politica associada a construção de um novo sistema de verdades. Que se contraporia as verdades advindas da tradição ocidental, esta oriunda do seu mito fundador. Uma vez que consideramos a Bíblia o Mito fundador do ocidente. Alguns intelectuais e militantes ligados estes pensamentos, tiveram papel de meros espectadores. Nunca demonstraram compromissos em construir uma associação de intelectuais negros. Para estes tipo de ideologia negro não precisava ser intelectual.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Esta produção intelectual não foi capaz de contribuir para uma leitura da realidade que propusesse outra saída. Ficamos, portanto, presos aos discursos religiosos dos filhos xifópagos do iluminismo, quais sejam o liberalismo e o marxismo.</p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-75944977216576610912023-07-01T11:50:00.000-07:002023-07-01T11:50:06.148-07:00 Na Perspectiva Nacional<p> <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Na Perspectiva Nacional</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Veremos que toda dependência ideológica descamba em derivas oportunista que podem chegar a desvios de condutas. Desta forma, a esperança de avanço se transforma paralisia de ação.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Os anos noventa não viu Godot. Mas na década seguinte, os intelectuais negros constroem estruturas que poderiam esquecer a espera. Suas associações de deveriam contribuir com outra leitura da realidade o que poderia desembocar em uma real construção de outras verdades.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Assim, nascia a ABPN na realização do seu primeiro congresso em Pernambuco no final de 2000. Sem vinculo direto com as estruturas ideológicas carcomidas, parecia capaz de uma construção ideológica autônoma, embora a maioria de seus integrantes eram oriundos destas velhas estruturas. No entanto, infelizmente seus principais dirigentes escolheram a dependência de novas estruturas que rapidamente apodreciam.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Seus encontros bianuais logo passaram a ser sobejamente financiados pelas elites culturais reformistas que empolgavam o poder no país. Mas a dependência econômica não prejudicava a tentativa de uma produção intelectual autônoma. Esta todavia, já tinha um comprometimento anterior.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">A necessidade de subsidiar a elite cultural reformista prevaleceu. Importantes quadros na formação inicial da associação emprestaram seus talentos em carpos importantes, embora não em cargos decisórios. Fortaleceu-se assim a ideia da centralização na organização . No mesmo momento,</span><span style="font-size: 11pt;"> i</span><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">mportantes quadros originários da fundação se afastaram em decorrência destes comportamentos.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">As derrotas das elites culturais reformistas no poder refletiram de imediato na perspectiva da associação de tal forma que alguns eventos não puderam ser realizados. Sendo este o preço da falta de autonomia. Esta dura realidade aguçou alguns comportamentos pessoais que redundaram em desvio de condutas e afastamento de alguns dirigentes.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">A ABPN não cumpriu o seu papel. Ou o papel que alguns intelectuais presentes em Pernambuco em sua fundação, imaginavam. Qual seja, multiplicar-se por todo país, construindo associações nos estados, locais em que a pesquisa se realiza. Tentou centralizar nacionalmente de forma a competir com as associações dos brancos, facilitando com isto a obtenção de cargos no executivo nacional. O “copeninhos” os “departamentinhos” tentados pelas direções esvaíram-se.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">São os representantes das elites conservadores que estão dando a seu modo uma resposta ao sem que os intelectuais negros brasileiros compreendam qual o seu papel. No episodio da primeira punição de um racista declarado, o Magistrado que um dia o “absolveu”, foi exemplar em seu julgamento, como se internamente ele tivesse se recuperando do primeiro julgamento.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Portanto, verificou-se que a promissora possibilidade de construção de novos critérios de verdade redundou em alguns perigosos desvios de conduta. Levando a ABPN a obvio naufrágio. </span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 16.5pt; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: Times New Roman, serif;">Nos Passos de Querino, rumo ao IX CBPN</span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-6477329740505881682023-06-27T02:08:00.001-07:002023-06-27T02:08:23.859-07:00Os Juros Racistas<p> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Para entender a insistência do Presidente do Banco Central em contrariar a ortodoxia econômica e manter a Selic nos atuais patamares, devemos sair da economia e adentrarmos na filosofia. Alias, esta é a formação do mentor desta autoridade, Roberto Campos Filho, seu avo.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Quem é o presidente do Banco Central. Um economista que trabalhou anos no sistema financeiro privado, portanto “servidor” dos donos capital. Com uma formação acadêmica e intelectual básica, este senhor foi escolhido como uma mensagem politica simbólica, já que o seu mentor foi um dos mentores do golpe de 64. Portanto, sua escolha não foi por mérito intelectual.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Sem mérito intelectual, este economista é o que restou do projeto racista derrotado nas ultimas eleições. Junta-se a isto a maioria conservadora do congresso eleito com o dinheiro publico angariado pelo “orçamento secreto”. Está formado o “escrete” da revanche. Ele joga na “ponta direita”, atacando com lances absurdos e os “pernas de paus” jogam na defesa, não deixando passar qualquer avanço do projeto vitorioso.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Os juros são a remuneração do capital, por isso numa sociedade de exclusão. Os juros devem ser vistos como uma relação de confiança entre “o tomador” do capital e “o cedente” que o detém em confiança de terceiros. Trata-se de uma relação direta, assim se a confiança é elevada, os juros serão baixo, caso contrário, os juros serão elevados. No da sociedade brasileira, a maioria dos “tomares” são afro-brasileiros os cedentes, os cedentes são brancos.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Portanto, o mercado, através de sua hipertrofiada “Instituição Cultura”, exige uma elevada taxa de juros. Este torna-se o principal instrumento do racismo. É dentro desta lógica que se deve analisar as decisões de um “servidor” dos donos do capital. </span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-62113671649855071612023-06-19T17:44:00.003-07:002023-06-19T17:44:50.852-07:00Sindicalismo, autonomia e poder: o jogo dos anos oitenta<p> </p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Sindicalismo, autonomia e poder: o jogo dos anos oitenta</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 12pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"> Artista, sindicalista e político Manuel Querino compreendeu o importante papel da Cultura na luta pelos trabalhadores. Por isso, deu-nos uma forte contribuição ao mostrar a importância da contribuição dos africanos e afro-brasileiros. Seus ensinamentos são passos a seguir para quem deseja lutar contra as injustiças promovidas por uma cultura de exclusão.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">As elites reconstroem o "Outro" como seu contrário; este a completa e ao mesmo tempo a ameaça. Completa como portador de uma parte de sua história que ela insiste em negar. E ameaça, porque ele pode ocupar o lugar que culturalmente lhe é reservado. Este lugar pode ser nas relações de trabalho, nas relações políticas, e mesmo nas relações afetivas. E assim, ela (a elite) constrói hierarquias dentro destes espaços e congela as relações sociais dentro destes espaços hierarquizados. O resultado final se identificava com o modelo. Com efeito, a partir da segunda metade dos anos oitenta, os parlamentos municipais, estaduais e federal recebem os primeiros eleitos egressos do movimento sindical ligados à esquerda. Estes distanciam-se das referências simbólicas dos principais líderes sindicais que disputavam o poder institucional. Isto é, os líderes sindicais do início do processo foram usados como “boi de piranha” e, assim, foram “assassinados”.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Os sindicalistas negros que disputavam o poder neste período não compreenderam que se tratava de uma luta cultural, onde aqueles que eram negros não podiam chegar ao poder. Estes não dispunham de instrumental suficiente para compreender esta lógica. O instrumental que usavam era dominado por seus companheiros brancos. O mesmo acontecia com os militantes negros, sejam dos movimentos bairros; sejam do movimento estudantil, todos eram orientados por uma </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">pseudociência</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">, produzida pelos exploradores e sequestradoras de seus antepassados.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Os Afro-brasileiros não aprenderam a lição ensinada por Querino. Em razão disto, perderam o "bonde da história nas radicais mudanças ocorridas após os anos oitenta.</span> As lutas empreendidas por nosso Mestre tinham a pauta da autonomia de atuação como guia principal da defesa da classe trabalhadora.<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></p><p><span style="color: #888888;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 22px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A conclusão que nos vem é que uma luta legitima e oportuna no tempo e no espaço é inseparável do contexto social e das relações nele inseridas. Assim, no cenário da desigualdade social baiana, que opõe os afro-brasileiros e os representantes da “elite cultural reformista”, prevalece a lógica de exclusão do Outro. O que nos intrigava para chegarmos a esta conclusão era: como um quadro político heterogêneo se confundia com um quadro social, político e econômico? A resposta só́ pode ser encontrada ao se analisar o quadro histórico de uma sociedade que tentou construir uma homogeneidade tendo como base a exclusão do "Outro".</span><span style="color: #888888;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-34357316289888051092023-06-15T04:32:00.000-07:002023-06-15T04:32:00.637-07:00A Bahia dá Regra e Compasso: Manoel Querino é o modelo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">A Bahia dá Regra e Compasso: Manoel Querino é o modelo</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Manoel Querino deu regra e compasso para a transformação da realidade do negro no Brasil. No IX CBPN, vamos mostrar como.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Artista, sindicalista, jornalista, pesquisador foram as inúmeras atividades deste que foi um dos mais completos intelectuais brasileiros. Nascido em Santo Amaro da Purificação, lá se vão cento e setenta e dois anos, fica órfão de pai e mãe aos quatro anos de idade.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">De artista a pioneiro na pesquisa da cultura africana no Brasil, Querino vai do engajamento militar a uma propositiva ação parlamentar. Neste percurso, denota-se uma profunda preocupação em defesa daqueles que vivem do trabalho.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Depois de uma bem sucedida atividades na busca da construção de agregação, Querino vai se dedicar exclusivamente a uma produtiva atividade intelectual pesquisa. Sua vasta produção intelectual, registrada em diversos textos, trazem profundos ensinamentos.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Hoje importantes pesquisas mostram a contribuição de Querino para a luta pelo resgate da cultura Africana e Afro-brasileiras fundamentais na luta contra o racismo.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">É, tentando seguir estes passos, que vamos contribuir neste Congresso Baiano de Pesquisadores Negros.</p><p><span style="color: #888888;"><span class="gmail_signature_prefix" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"></span></span></p><div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #888888; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><br /></div><div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #888888; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Rumo ao IX CBPN</div>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-70524722704187726102023-06-12T18:55:00.003-07:002023-06-12T18:55:59.144-07:00Pretos Oitenta e Dois<p> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Pretos Oitenta e Dois</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Pretos Oitenta e dois comprova que toda tentativa de autonomia do movimento negro sofre um processo violento de reação. Veremos que neste caso a reação, esta reação, vem daqueles que se colocam sinceramente ao lado da classe operário, mas que ousam a reagir a todos que, mesmo estando ao lado dos oprimidos, contrariam seus credos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">A abertura politica, iniciada em meados dos anos 70, vai encontrar o movimento negro iniciando um novo momento de luta. A primeira eleição livre aconteceu em 1982. A legislação partidária autorizou a participação de vários segmentos ideológicos, levando a formação de vários partidos das elites culturais reformistas.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">O Partido dos Trabalhadores foi a grande novidade. Agrupava em seu interior organizações marxistas que pretendiam disputar o destino desta agremiação. As organizações mais a “esquerda”, principalmente as ligadas ao pensamento Stalin, não se legalizaram em razão da desconfiança dos propósitos dos militares, continuaram abrigadas em algumas legendas. Dentre os candidatos ligados aos movimentos sociais, se destacava Ivan Carvalho.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Ivan Carvalho lança o manifesto “Pretos82”. Neste documento, manifesta-se, corajosamente, contra a ditadura militar. Neste manifesto, Ivan Carvalho relacionava vários candidatos pretos. A maioria dos pretos relacionados eram integrantes de organizações marxistas abrigadas no Partido dos Trabalhadores. A ideia do manifesto foi repudiada por muitos dos relacionados; alguns ameaçaram agir com violência contra Ivan Carvalho. Embora o manifesto não os vinculava ao candidato. Provavelmente, alguns dos relacionados não se consideravam “pretos”.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Ivan era economista e engenheiro químico. Era um profissional capaz e muito respeito em suas atividades. Desta forma, bem sucedido profissionalmente Ivan Carvalho era invejado por muitos que militavam ao seu redor. Era um pai exemplar, sempre preocupado com a forma de seus filhos. A carreira politica foi marcada pela ousadia e criatividade. Ivan não tinha ligação politica com os grupos políticos que disputavam o poder. Candidato a Deputado Federal em 1982. Candidato a senador em 1988, ele enfrentou o todo poderoso, aquela época, dono da Bahia.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">O aparecimento de novos partidos políticos colocou no cenário politico novos atores. Estes atores travaram uma luta “<span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #4d5156; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">sans </span><b><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #5f6368; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">merci</span></b>”. Muitos dirigentes sindicais negros foram cassados como pelegos ou como parceiros indesejados no compartilhamento do poder que apresentava como possível. Eram “Outros”, apenas com o papel legitimador, qual seja “culpados inúteis”.<span style="font-family: "Times New Roman", serif;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">“Pretos/82” pretendia agrupar os candidatos negros centralizando a luta no combate ao racismo. No entanto, os candidatos relacionados eram militantes de organizações marxistas e entendiam que a questão racial dividia a luta a classe operária. Para estes pretos primeiro deveríamos fazer a revolução proletária da classe trabalhadora usando suas teorias revolucionarias importadas do estoque dos sequestradores de seus antepassados.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Muitos dos “pretos” listados no Manifesto Pretos82 são hoje militantes de organizações negras. Com efeito, abrigados em ONG, sindicatos e instituições publicas, estes, agora de fatos “pretos” ainda mantenham a mesma leitura da luta politica. Frustrados em seus propósitos políticos em decorrência da exclusão em seus partidos e grupos políticos, alguns até expulsos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Portanto, Ivan Carvalho era um politico a frente de seu tempo, uma vez que “Pretos82”, na verdade, foi um manifesto pela autonomia da luta do politica do Povo Negro.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">Nos Passos de Querino: Rumo ao IX CBPN</p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-46396763804347725642023-05-31T08:13:00.000-07:002023-05-31T08:13:01.104-07:00Mercado, Instituição e democracia<p> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Mercado, Instituição e democracia</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Não se pode falar do contexto nacional sem abordarmos alguns aspectos do contexto internacional. Da invasão promovida pelos europeus em todas as partes do mundo até nossos dias, houve uma grande evolução em todas as instituições que refletiram no mundo inteiro.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">A pregação da fé religiosa impondo uma visão de mundo centrada na exclusão do “outro”, isto é, daquele que são diferentes, motivou guerras e genocídios. A ferro e a fogo milhares de culturas foram excluídas. A força da imposição de valores religiosos, culturas foram destruídas e milhões de seres humanos foram tiveram mortos.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">O Brasil, invenção tipicamente europeia, não podia ficar de fora desta história. Atesta isto o fato de a escravidão ter sido a mais longa e estável instituição, no sentido que Douglas North dá a estas. Seu fim, desencadeará um permanente estado de instabilidade econômica, política e social. Esta instabilidade política será obrigatoriamente seguida de crises econômicas. Os governos de JK, Jango e mesmo os ditadores militares terão dificuldade de contornar estas crises.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">No período do pós-segunda guerra mundial, a geopolítica mundial sofre uma profunda modificação, tendo profundo reflexo no país, politico, econômica e social. O processo civilizatório europeu, que este passou teve significativo avanço com os crimes de genocídio cometido contra os judeus e outros povos. Esta rearrumacao vai interferir em todos os países.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Nos Estado Unidos, país que se consolida na hegemonia econômica e militar, uma profunda transformação se verifica. Sendo vitorioso na luta contra a barbárie dos europeus, este país não poderia continuar praticando a barbárie contra os afro-americanos em seu próprio território. Embora seus principais parceiros, também vitoriosos, mantiveram relações cordiais com os bárbaros na África.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">A luta pelos direitos civis dos afro americanos, terá reflexo no mundo todo, inclusive no Brasil. As elites culturais conservadoras e boa parte das reformistas, aqui no Brasil, irão promover uma violência institucional que impedirá todo avanço nas reformas que poderiam incluir parcela significativa, a maioria Afro-brasileira.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">As reformas de Base, principalmente a reforma da terra, poderia transforma o país numa sociedade de inclusão. A terra tem uma rigidez que remonta a Lei da Terra de 1850. Esta rigidez impede a livre utilização deste importante fator de produção. A reforma eleitoral colocaria no centro da decisão política milhões de brasileiros, transformando-os em cidadãos, embora ainda de segunda classe, uma vez que não estava no horizonte destes uma luta pelo direito civis, como estava na visão do Afro-americano. Entretanto, estava na visão das elites.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">A pobreza e a desigualdade, decorrências de uma cultura da cultura de exclusão, era uma preocupação do projeto dos reformistas. No entanto, os métodos não iam de encontro direto ao centro do problema que era a exclusão da maioria esmagadora da maioria da população, que era afrodescendente, diferentemente dos afro-americanos que representava algo em torno de dez por cento. Nos Estados Unidos Gary Becker verá esta questão como central no mercado de trabalho.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"> </p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;">Portanto, este é o contexto que servira de pano de fundo para as crises politicas dos anos seguintes. Estas crises serão acompanhadas de crises econômicas sucessivas. As soluções aportadas nunca levam em conta a matriz do problema herdada da cultura do invasor, qual seja a exclusão do “Outro”.</p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-88925401793792075242023-05-13T14:35:00.002-07:002023-05-13T14:35:29.944-07:00<p> Treze de Maio: nada a comemorar</p><p><br /></p><p><br /><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Treze de maio nada a comemorar. </span></p><div><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 16px;"><br /></span></span></span></div><div><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">A mentira e a violência contra a cultura são fundamentais para a manutenção do racismo. É isto que pretendemos demostrar com este breve texto que nos motiva o aniversário da lei da farsa.</span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">Esta data é a maior farsa de nossa história, que já é um acumulado de mentiras oficiais. Fingiu-se acabar com quase quatro século de exploração e com três linhas de uma lei. As elites culturais do país agiram desta forma pressionadas pela crise econômica e pela pressão internacional, assinando mais uma lei para “inglês ver”. Como diz o poeta: “livre do acoite da senzala, preso na miséria da favela”.</span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">A farsa reforça-se quando computamos a quantidade de escravizados existentes no país quando foi assinada esta lei. Em números aproximados, chegamos a menos de 10% da população negra nesta condição. A maioria estava localizada nos centros de expansão econômica, principalmente no oeste paulista, área de expansão da “indústria” cafeeira.</span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">Um quantitativo significativo de afro-brasileiro já estava livre da escravização, mas estavam presos a miséria do racismo e das leis opressoras que não foram abolidas na farsa das três linhas. Estes eram, entretanto, a maioria da população brasileira. Por isso, as elites culturais iniciaram um processo de tentativa de.apagamento das culturas dos descendentes de africanos. Hegemônicas naquele momento.</span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">Em razão do racismo, cento e trinta e cinco após mais uma “lei para inglês ver” o Povo Negro continua, em sua esmagadora maioria, à margem dos avanços da modernidade ocidental. Sem possibilidade de livre circulação, não conseguimos produzir riquezas. Mesmo os poucos que as produzem veem os frutos de seus trabalhos serem transferidos aos “herdeiros da rainha” em razão do racista. </span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 8.5pt;"><br /></span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;">Portanto, nesta data de hoje, de nada a comemorar, é fundamental que se restabeleça a verdade histórica para que possamos usufruir de uma verdadeira liberdade, fazendo avançar nossas tradições culturais de tal forma que haja equilíbrio dentro da instituição enquanto cultura no mercado. Somente com este equilíbrio nos apropriaremos do produto de nosso trabalho.</span><span style="color: #888888;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span></p><span style="color: #888888;"><span style="color: #333333;"><br /></span><div><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" /></div></span></div><p><br /></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-60065368126141933182023-04-17T05:47:00.002-07:002023-04-17T05:47:51.252-07:00A Reforma Tributária e o Xaréu<p> </p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A Reforma Tributária e o Xaréu</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "Times New Roman", serif;">A reforma tributaria ideal será deverá demonstrar ao pobre que é ele que paga imposto. Como diz o poeta-filosofo: “</span><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202124; font-family: "Times New Roman", serif;">É no xaréu que brilha a prata luz do céu”. Este pobre é evidentemente majoritariamente afro-brasileiro. Milton Santos já dizia que a sociedade ativ</span>a é parasitária da ativa. Esta apenas “gira” o dinheiro público. Estes recursos são arrecadados majoritariamente de forma indireta, isto é sem que aquele que está pagando de conta que é ele que financia a “farra do boi”, sejam nos “palácios” ou nas suntuosas câmaras e plenárias.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">As formas modernas e elegantes que tentam apropriar o valor no momento da produção ou circulação da riqueza não são incapazes de sensibilizar os que produzem estas riquezas. Neste ritmo, falam em cobrar o imposto de acordo com agregação de valor ao bem ou serviço produzido, como este possiblidade fosse possível em uma sociedade majoritariamente informal. Estas formas podem até ser usadas em algumas cadeias de produção, mas não devem ser apresentadas como solução do problema.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;">A cobrança de imposto sobre as grandes fortunas deve ter o caráter meramente “reparatório”. Estas grandes fortunas foram feitas, todas, a sombra do Estado. Principalmente, através da pilhagem de bens públicos. Mas este imposto só virá quando esta pilhagem for entendida, pelo “xaréu”, como uma relação direta com o racismo, ao qual a maioria do “xaréu” está submetido, e não como processo civilizatório dos escravocratas e mérito de seus descendentes.</p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> </p><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Portanto, três elementos são indispensáveis por uma reforma justa. Em primeiro lugar, a transparência, isto é quem paga sabe porque paga e para quem paga; desta forma a cobrança será feita. Em segundo, lugar deve ter a possiblidade de controle social sobre a produção e apropriação de riqueza e por último, deve fazer reparação contra aqueles que usaram e abusaram do estado para impor seus valores culturais</span></div></span><span style="color: #888888;"><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: start;" /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><p style="text-align: justify;"><br /></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-6725223998017551712023-03-31T12:42:00.004-07:002023-03-31T12:42:39.802-07:00Juros só se reduz no grito<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> Juros só se reduz no grito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">O Presidente LULA grita, e com razão, contra a manutenção da SELIC no atual patamar. No entanto, perde a disputa contra a banca em seu próprio campo. Os bancos privados não aceitaram a taxa imposto por um de seus ministros. E foram seguidos pelos bancos “públicos”. Um absurdo!</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Lei de Responsabilidade, teto de gastos, ancoras fiscal e outras sandices como tais são instrumentos jurídicos e fiscais usados pelas elites culturais para limitar a construção política. A criatividade destas elites para falsificar o debate democrático, o único capaz de construir as condições politicas para as transformações sociais. Estes instrumentos enrijecem as relações entre as instituições do mercado, mantendo a hipertrofia da instituição cultura. Vejamos o caso dos juros do consignado dos aposentados. Os bancos privados negam-se a reduzir suas taxas a um valor razoável.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Os bancos públicos estão cheios de dinheiro do ˜publico˜. A caixa Econômica Federal recolhe o dinheiro do fundo de garantia. Quantos bilhões são recolhidos dos trabalhadores e dos empresários. Qual a remuneração destes milhões a aqueles que por lei lhes confiam. O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – piada! – recebe. bilhões do FAT. Quanto é a remuneração que retorna para o trabalhador e a quem se destina o dinheiro recolhido.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Um desses economistas reformistas sugeriu que seria possível superar a política de juros alto do Banco Central, utilizado os bancos públicos. Criando programas de créditos com juros subsidiados, seria possível a injeção de alguns bilhões no mercado nas mãos de quem realmente produz riquezas, quais sejam: a “economia passiva “. Algo que pensei fosse possível. No entanto, aquele representante das elites culturais conservadoras esqueceu que os bancos públicos são “públicos” única e exclusivamente para recolher dinheiro do publico. Em outras palavras, quando se trata da distribuição destes recursos, estes bancos agem como bancos privados, para os quais só o lucro importa.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif;">Por isso e portanto, o grito do Presidente LULA, só será ouvido, quando o conjunto do movimento social (MST, MNU, CUF etc.) tiver a capacidade de compreender que LULA só ganhará a parada - juros, reforma tributária - quando o povo estiver na rua e chamar atos políticos. Acredite, serei o primeiro na rua a levantar estas bandeiras.</span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-7932187805356962812023-03-03T14:09:00.001-08:002023-03-03T14:09:21.509-08:00Negritando os Fatos: juros e combustíveis<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
programa de pós da APNB, Negritando os Fatos, abordou três temas, quais sejam: Banco
Central e os juros; Petrobras e os preços dos combustíveis e Governo e Inteligência
Fiscal. Estes temas estão intimamente ligados. Abaixo algumas observações que
fizemos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Banco
Central e os juros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
mercado, que é uma estrutura “modelada por várias instituições (políticas, econômicas,
sociais e<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> mesmo culturais”</i> – o grifo
é meu – irá atender a instituição mais poderosa. Banco Central e os juros. Em
nosso caso, a mais poderosa instituição é a Cultura. Por isso, não cabe um
Banco Central independente em um mercado com hipertrofia da Instituição Cultura.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“Juros
não se reduz no grito” disse um economista conservador. Eu afirmo exatamente o contrário.
Isto é, juros só se derruba no grito, na medida em que em nosso “capitalismo” racismo
e juros são causa e efeito. E lula sabe disso. Por isso, ele gritou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quem
oferta o capital no Brasil são os brancos, uma minoria inexpressiva. Os
tomadores são os negros, uma maioria expressiva. O racismo impede que os
detentores do capital confie nos tomadores, por isso o juros são alto. Na
medida em que ele reflete a confiança entre os agentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
Professor Romilson Sousa afirmou o “Banco Central é o Banco dos Bancos”. Em
sendo verdade, somos obrigados a concluir que mantendo os juros elevados, o BC está
correto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O oligopólio, a quem o nosso
banco central atende, pertence a homens brancos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Portanto,
é preciso democratizar o acesso aos bancos e atividade bancaria, isto só será possível
com uma luta contra o racismo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Petrobras
e os preços dos combustíveis<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Primeiro
é preciso ter em conta que a nossa Petrobras é uma empresa privada regida pela
lei das SA, inclusive com cotação na Bolsa de Nova.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
monopólio é a mais evidente manifestação econômica do racismo. A nossa Petrobras
não poderia ficar de fora. Não que a nossa empresa seja racista. Racismo é o
outro ao outro. Não é nem institucional e muito menos estrutural. Em economês básico
o monopólio faz o seu preço. Logo a Petrobras fará o preço dela independente do
que nós, “donos”, dela queremos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
preço do combustível não é responsabilidade da Petrobras e sim do mercado.
Nossa empresa faz apenas seu papel de empresa monopolistas. Podemos seguir o
modelo francês que, pensando na próxima guerra, vai reestatizar a EDF - <span style="background: white;"> Électricité de </span><em style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">France.
Só assim as políticas pensadas pelas elites reformistas poderiam ser aplicadas.</span></em></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A
responsabilidade social que se pode exigir da Petrobras é concurso público com políticas
de ação afirmativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Os
dois temas discutidos mostram os limites do oligopólio e do monopólio dentro do
processo de um “capitalismo periférico”. Por isso, estes limites só poderão ser
ultrapassados através de um intensa luta pela instalação de uma sociedade que
leve em conta a diversidade cultural. <o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-52611928112318653642023-01-16T05:11:00.005-08:002023-01-16T05:11:55.785-08:00Do terrorismo individual ao terrorismo coletivo<p> <span style="background-color: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Do terrorismo individual ao terrorismo coletivo, passando pelo discurso
violento: a trajetória de um racista. Esta trajetória só se explica pelo apoio
das elites culturais conservadora em sua facção reacionária.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O ex-presidente da república, agora turista nos Estados Unidos, teve uma
vida profissional, tanto no exército, quanto no parlamento extremamente medíocre.
Esta teve fim com uma promoção a capitão em função de uma “promoção” por afastamento.
O afastamento foi uma decorrência da descoberta de um plano terrorista. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Com um discurso machista, </span><span style="color: #202124; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR;">homófobo</span><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">, e sobretudo
racista, o “excapitão” logrou a confiança das elites culturais, principalmente
de suas facções mais implicitamente racistas. Estas, localizadas em setores estratégicos
das comunicações, do financeiro, da indústria, do estado etc., por ação ou omissão,
agiram de forma que o discurso “alterófobo” pudesse chegar ao topo do Estado. O
avanço da democracia é o grande pavor desta elite.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Inconformado com a derrota, o ex-terrorista entra em depressão. Segue-se
um longo silêncio, demonstrando não aceitação do resultado. Seus antigos
insufladores, aqueles, que por ação ou omissão, o fizeram presidente, recomendam,
na mídia, a aceitação do resultado e, em consequência, a transformação em líder
da oposição em razão dos milhões de voto que recebeu. Sem alguma capacidade de
liderança política ou militar, o derrotado se transformou em líder de uma
organização terrorista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Assim, o “excapitão” simplesmente retorna as suas origens, qual seja de
terrorista, agora legitimado pelo discurso de ódio. <o:p></o:p></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-58234625464801147132022-11-02T06:10:00.002-07:002022-11-02T06:10:22.400-07:00Todos os homens do Presidente<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Todos os homens do Presidente<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Um conjunto de ações
foram observadas durante e após o resultado das eleições. Ações ilegais durante
o processo, omissão de autoridades diante de manifestações terrorista e
manifestação de autoridades incentivando ações antidemocráticas. Há “algo de
podre no reino da Dinamarca”. Houve homens responsáveis e irrespondíveis,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O golpe
estava armado, mas Arthur Lira, Presidente da Câmara, principal aliado do
presidente, desarmou-o ao ser o primeiro a reconhecer a vitória de LULA. Lira,
como os ratos, foi o primeiro a abandonar o barco. As quarenta e quatro horas
depois da derrota, foram importantes para que o inominável e irresponsável avaliasse
o segundo capitulo do golpe. Qual seja a baderna nas rodovias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A fala do
presidente derrotado é um lamentável corolário de lamentação.</span> <span style="background: white;">O bilhete do presidente é o mais fiel retrato de um
dirigente comprometido apenas com sua vaidade, sem apreço a democracia. Em
pouco parágrafos, evidenciam enormes equívocos. </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Bolsonaro
quer ser um líder da direita que ele não foi durante toda sua vida política e depois
de quatro anos de intolerância de todo tipo. E continua ainda a desqualificar o
processo, quando justifica as manifestações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A amplitude
o bloqueio surpreendeu a muitos. Um movimento desta magnitude não poderia acontecer
sem alguma coordenação. Não se pode imaginar que tenha sido um ingênuo e espontâneo
de “radicais sinceros”. Foi, com certeza, um ato planejado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Muito interessante a posição do Ministro da Justiça. Ele solicita aos
"manifestantes que não impeçam o direito de ir e vir". Podem
continuar protestando contra o resultado do processo democrático. Podem
continuar pedindo intervenção militar. Este Ministro é mais um dos “homens do
presidente”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O chefe da Polícia Rodoviária faz ação ilegal no dia da Eleição. Objetiva
esta ação diminuir os votos de nordestinos. O Ministro da Justiça incentiva manifestação
terrorista e antidemocrática. Todos os homens do Presidente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Enfim, que são “os homens do presidente”?</span><i><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></i></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-18261252734439472932022-10-16T19:42:00.003-07:002022-10-16T19:42:59.524-07:00A democracia e o processo de eleição<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A democracia e o
processo de eleição<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Em nosso Programa pós-TV,
destaquei três pontos, que vamos abordar com profundidade oportunamente. Três
pontos aqui são de fundamental importância para compreender nosso atraso
civilizatório. O primeiro, trata-se do financiamento de campanha. O segundo, da
influência de líderes religiosos em parcela significativa do eleitorado e o
terceiro da formação do cidadão enquanto eleitor. Vamos demonstrar que estes
pontos distorcem todo o sentido da marcha em direção de uma democracia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Primeiro vamos abordar
o papel das religiões no processo político. A seguinte pergunta se faz
obrigatória: é possível em um “Estado Teocráticos” atingir-se o bem estar de
todos como prega os livros religiosos? Minha resposta de imediato é um sonora
não para este plano. Em outro plano de vida, por exemplo no “paraíso”, isto
será possível. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">As "teocracias" nascem, crescem e morrem muito
rapidamente. Mas antes, às vezes, agonizam por muitos anos. É o que estamos
assistindo agora em alguns países. Este fenômeno vem germinando em nosso país.
Entretanto, é bom destacar que “teocracia”, em nossas bandas, é uma teocracia
de resultado. O que já antecipa sua rápida agonia. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A formação social, política
e cultural seriam importantes para romper esta lógica de dominação, mas carecem
de instrumentos hábeis. Por exemplo, a Lei 10.639/2003 tem seu papel duplamente
obstruído. Seus adversários e seus aliados se somam para impedir sua
implementação. Por isso, a educação perde seu papel libertador. Mas ela salva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ela, a “educação me salvou” e foi determinante para
sobreviver e viver, mas esta sem a democracia seria insuficiente para superar
as restrições sociais. Aqui nos referimos a democracia do concurso público.
Aquela democracia que muitos se referem só será atingida com a luta incessante
contra a discriminação dos afro-brasileiros, O principal entrave a democracia.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Os entreves são
institucionalizados. Citamos como exemplo, o fundo de financiamento de
campanha. <span style="background: white; color: #0f1419;">O Fundo Eleitoral
distorce o processo "democrática". As burocracias das elites
culturais distribuem milhões de reais a seu bel-prazer. De tal forma, que não é
o debate, a apresentação de propostas etc, que elegem seus representantes e,
sim, a quantidade de milhões que recebem.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Portanto, estamos muito
longe de fazer das eleições a festa da democracia. Espero não termos que
enfrentar as barbáries ocorridas no berço desta grande invenção.<o:p></o:p></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-46942961231086105672022-10-10T17:06:00.001-07:002022-10-10T17:06:37.885-07:00Democracia, Eleição e Orçamento<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Comentários
apresentados na Revista Semanal virtual da APNB. Nesta semana, como não podia
deixa de ser, conversamos a respeito dos resultados das eleições. Utilizamos
como título “Democracia, Eleição, Orçamento, Universidade e Pesquisa”. Nas
conversas ficou evidente a conexão entre os quatro pontos da temática. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Democracia é uma
construção europeia baseada no consenso cultural. Este consenso não foi possível
por dadiva, ao contrário as atrocidades, violências massacres e genocídios
civilizaram as elites europeias. A democracia, portanto, permite criar
instrumentos de gestão e controle. Ela está baseada no direito de voto que é
exercido por cada cidadão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"A democracia não é um sistema
feito para garantir que os melhores sejam eleitos, e sim, para impedir que os
ruins ficam para sempre". Esta expressão é atribuída a Primeira Ministra
Margareth Thatcher. Vamos testar mais uma vez nossa "Democracia", na
medida em que temos uma coisa ruim que faz com que quatro anos pareça uma
eternidade.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Nesta eleição dois
modelos se confrontam. De um lado, uma ditadura já em curso, evidenciada pelo desrespeito
às leis, pelo apelo as autoridades militares. De Outro lado, uma tentativa de resgatar
os mais elementares alicerces de convivência entre os diferentes. A vida e o
respeito às leis são estes elementos que serão resgatados nesta arena de luta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O orçamento sempre foi
entre nós um peça de ficção. Neste momento, ele vem sendo utilizado para
impedir o avanço democrática. As evidencias são notadas no “orçamento secreto”.
No contingenciamento de recursos e no seu direcionamento eleitoreiro. Tira-se
verba para ensino e pesquisa, que são transferidas para pagamento do “orçamento
secreto”. Para onde foi o dinheiro público. Aquele que o cidadão esforça-se
para receber com o seu trabalho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Orçamento sempre foi entre nós um peça de ficção. Ele é
utilizado para impedir o avanço democrática. As evidencias são notadas no
orçamento secreto, contingenciamento de recursos e no seu direcionamento
eleitoreiro. Tira-se verbas das universidades para o orçamento secreto.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Destacamos que falta democracia na distribuição dos recursos
das universidades nacionais. Estes recursos são distribuídos com muitos critérios,
mas que se sobressai o caráter étnico regional. Isto prejudica profundamente nossa
produção científica com raros destaques a nível internacional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Os recentes contingenciamento nacional e os constantes
regionais evidenciam um descaso nacional pela pelo ensino, pesquisa e extensão.
Estas manobras desfiguram os orçamentos públicos, colocando-os à disposição das
estruturas arcaicas das elites culturais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Em resumo, “democracia, eleição e orçamento” são temas que se
imbricam na base econômica, mas que são também temas que estão na “superestrutura”,
espaço que temos obrigação de almejar. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-81851287346742067182022-09-15T05:42:00.002-07:002022-09-15T05:42:38.212-07:00Quem financia a campanha de quem?!<p> </p><p class="MsoNormal">A REDE de Sustentabilidade, partido ao qual estou filiado,
forneceu-me como ajuda financeira uma irrisória importância. Insuficiente até
para pagar o aluguel de qualquer comitê. Estes recursos são oriundos do Fundo
Especial de Financiamento Eleitoral – FEFC. Isto não me aborreceu, tendo em
vista que sou contra este tipo de “financiamento público” campanha eleitoral. Penso ser o
cidadão o responsável pelo financiamento das lutas nas quais está inserido.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sou contra este tipo de financiamento - FEFCE - pois entendo
que qualquer proposta política deve mobilizar, política e financeiramente, o
coletivo que a defende. Logo, se aquele que a defende não consegue apoio
político e, principalmente financeiro, significa que suas propostas não merecem
fé e sua luta não deve continuar. Isto porque os “partidos de esquerda” são hegemonizados
por brancos e suas ideologias eurocentricas, logo excludentes. Não se pode
esperar outra coisa, que não seja financiar aqueles que são subservientes as
suas ideologias e as práticas dos governos em que são bases.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Construir uma Universidade Publica socialmente referenciada.
Colocar os jovens negros nas Universidades. Ter pós-graduação de excelência com
referências africanas e afro-brasileiras. Ter uma educação básica centrada na cultura
de nossos antepassados e ancestrais são os temas de nossas dissertações e
teses. Agora, precisamos mais que isto. Precisamos estar lá onde as decisões de
financiamento são tomadas. Vamos parar de esmolar e de ser humilhado por muitos
que ajudamos a eleger.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Colegas! Não peço apenas voto dos Pesquisadores Negros, uma
vez que este está garantido, em razão do trabalho que realizamos nos últimos
vinte anos. Peço que discutam nossas propostas com colegas e, acima de tudo,
nossos alunos. Somos professores de professores. Portanto, multiplicaremos
nossos votos em razão geométrica. PELO MENOS É NISSO QUE ACREDITO.<o:p></o:p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-29990750173833141332022-09-13T09:25:00.000-07:002022-09-13T09:25:55.368-07:00<p> </p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 107%;">PreTos 82 foi uma
proposta do insurgente Ivan Carvalho, ao estilo de WEST. Ela rompia com todos
os parâmetros de luta política contra tirania militar. Vamos relembrar este
marco no dia 16 de setembro em uma "live" da APNB.</span> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 107%;">Na eleição de 82, quando
a ditadura civil militar dava os seus últimos suspiros, o engenheiro e
economista Ivan Carvalho tentou aglutinar os políticos negros. Num proposta
insurgente. O manifesto PreTos 82 sintetizou este momento.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 107%;">Em oitenta e dois, na clandestinidade muitos negros apoiaram candidatos
embranquecidos, mas comprometidos com a luta por uma sociedade onde a classe
operaria implantaria uma ditatura onde todos seriamos iguais.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 107%;">É importante que os Afro-brasileiros reflitam neste momento eleitoral.
Onde estamos e onde queremos chegar.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-12065618960873407412022-07-06T17:26:00.000-07:002022-07-06T17:26:03.377-07:00A PEC "Eu acho que o povo é bobo"<p> </p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A PEC "Eu acho
que o povo é bobo" deve ser apoiada vigorosamente pela oposição</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ao longo dos três últimos anos muitos programas sociais foram
suprimidos ou teve sua abrangência limitada. Mesmo no auge da crise sanitária,
as autoridades mostraram resistência em reconhecer a grave situação da
população, sobretudo da população negra. Neste período, não se propôs nenhum
programa social como política de governo. Acreditavam que as políticas ditas “liberais”,
como a reforma trabalhista e uma ingênua lei de liberdade econômica nos levariam
ao paraíso. Ledo engano!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ao apagar das luzes de um governo de calamidades, uma boa é
jogada em socorro do afogado. Acreditando, seus articuladores, na ingenuidade
ou na burrice do povo brasileiro. Por isso, este deveria ser o nome desta peça:
“eu acho que o povo e bobo”. Mas não é. E na hora precisa dará a resposta.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Só não percebe que estamos em estado de “emergência” quem não
vai ás ruas vê a quantidade enorme de pretos em situação de indigência debaixo
das marquises.</span> Aqueles que estão em seus confortáveis gabinetes, em suas
luxuosas mansões ou em seus apartamentos de luxo só lembram do povo preto no
momento do voto com suas propostas eleitoreiras. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O situação indigência vista a olhos nus nas ruas, praças e
jardins é uma decorrência da incapacidade deste governo de desenvolver políticas
sociais, agravada pelo irresponsável engessamento dos gastos sociais públicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Além de defender a imediata implementação das medidas as
oposições e a sociedade civil devem defender o aprimoramento das medidas e a continuidade
enquanto política de governo permanente, fazendo no momento oportuno os ajustes
necessários para extirpar o víeis eleitoreiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Não é necessário ser jurista para ver que a PEC "Eu acho
que o povo é bobo" está eivada de ilegalidades. Fica, contudo evidencia-se
que as elites culturais conservadoras não tem qualquer preço pelas instituições.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Portanto, apesar de todas as ilegalidades dentre as tantas já
perpetradas, a PEC deve ser defendida por todos que tem algum tipo de
sensibilidade social. Em resumo, só perdera aqueles que forem contra as justas
medidas populistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-88194641812887295942021-10-26T18:12:00.004-07:002021-10-26T18:12:29.453-07:00 Diálogos Insurgentes<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">O Centrão é um conjunto de políticos de
diversos partidos das elites culturais que são financiados por grandes e
pequenos empresários e por nós através desta excrecência que se chama fundo
partidário, logo são instrumentos destes segmentos empresariais -
conservadores, majoritariamente, e reformistas. Lá no parlamento, aprovam os
projetos que interessam a estes grupos. Evidentemente, alguns se corrompem,
mais isto não me interessa, pois tenho uma concepção muito particular do que é
corrupção. Nada mais é do que instrumento do “capitalismo periférico”.</span></p><p></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Liberalismo, seja econômica, político e
social é uma doutrina muito séria, assim como o cristianismo, comunismo,
socialismo etc. Podemos e, devemos, discordar, mas são doutrinas que
determinaram a lógica do ocidente cristão. O problema é que a base filosófica
destra doutrina é o iluminismo, este essencialmente racista. É isto que quero
enfatizar nos liberais civilizados do terceiro mundo. Enfim, é isto que nos intelectuais
insurgentes deveríamos estar aprofundando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se um ministro liberal “Cai ou não
cai”, ninguém pode saber. A instabilidade política no país é tão grande que
qualquer coisa pode acontecer. Não existe análise política que pode prever a
queda de um liberal terceiro-mundista civilizado.</span></p><br /><p></p><p></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9197122630908363252.post-84950443745763488692021-04-23T07:55:00.005-07:002021-04-23T07:55:39.512-07:00Uma vitória da luta contra o arbítrio.<p> </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Uma vitória do Estado de Direito
e a luta contra o arbítrio pode ser vista por muitos ângulos. É o que se
depreende da decisão da Suprema Corte no caso da suspeição do Juiz Sergio Moro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">Um Ministro da Suprema Corte, ao proferir seu voto
tentando salvar o juiz justiceiro e seus acólitos, falou que poderia ser dado
um passo atrás na extinção da corrupção. Do alto de sua impavidez e palidez, o
magistrado ousa atacar um dos pilares do nosso capitalismo, qual seja: a
corrupção. Ledo engano e profundo equívoco.</span><span style="background: white; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Este mesmo magistrado afirmou que os juízes que ousaram atacar a
corrupção poderiam ser perseguidos pelos corruptos para que tais iniciativas
não se repetissem, como ocorreu na Itália. Esta declaração é passível de se
tornar uma realidade, por mais paradoxal que pareça.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O ledo engano decorre da reconhecida competência e lucidez do notável causídico.
Mas ele desconhece que a corrupção endêmica no Brasil é decorrência do racismo
que se abate sobre quase 60% da população.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No entanto, a possibilidade de que a perseguição ocorra decorre da contrariedade
dos racistas com o fato de magistrados justiceiros e ingênuos tocarem no principal
instrumento de reprodução de seus capitais. O que já vem acontecendo. Anote-se
que não serão as vítimas dos justiceiros togados e engravatados que comandaram
a perseguição. Serão seus aliados no topo da sociedade civil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #0f1419; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, a endêmica corrupção brasileira continuará enquanto o combate as
desigualdades raciais não forem atacadas e a luta contra o racismo forem
interrompidas por magistrados arbitrários e outros funcionários públicos truculentos.<o:p></o:p></span></p>Profnilorosahttp://www.blogger.com/profile/03962801611477163041noreply@blogger.com0