No início dos anos noventa, um conjunto de militantes negros do movimento estudantil/político partidário entra em alguns partidos políticos de esquerda. Esta movimentação vai mudar profundamente a face do MN, ao menos na Bahia. Atuando duplamente no MN estudantil, onde eram excluídos do debate em dentro dos fóruns político estudantis, estes estudantes vão trazer o necessário debate de intervenção na academia com o discurso dos afrobrasileiros discriminados.
Os militantes no MN tradicionais defendiam ainda a desnecessidade de participação partidária, seja ela orgânica – participação em diretórios, tendências (caso do PT), ou como simples filiados. Para els "os partidos não eram necessários, pois discutiam temáticas cara apenas aos 'brancos' que os hegemonizavam". Esta compreensão estava baseada na idéia de que não havia necessidade de instituições de intermediação entre a população e o Estado, muito próxima de alguns pensamentos da Europa dos anos 30/40 e de algumas sociedades tradicionais africanas.
Portanto, não se pode falar de migração do MN para os partidos.
Nilo Rosa
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