quarta-feira, 27 de junho de 2012
A democracia e o Mercosul
A democracia e o Mercosul
O problema do Paraguai é dos paraguaios. Sou da opinião que não deveria haver nenhuma intervenção externa na política interna daquele país. Mesmo que achemos que o processo de destituição do presidente Lugo foi rápida e sumária. Três horas, três dias, três meses ou três anos pouca diferença faria, uma vez que o rito jurídico daquele país foi seguido. Portanto cabe aos paraguaios dar continuidade a seu processo político.
Mas a preocupação dos vizinhos e parceiros, como o Brasil, Argentina e Uruguai é justa. Mas deve ficar apenas na preocupação. É evidente que tirar um presidente eleito em rito rápido e sumário e colocar outro no lugar deve causa esta preocupação. Devemos evitar a tentação de impor sanções, sejam econômicas, sejam políticas.
É evidente que o rito sumário de decisão política pode criar uma instabilidade política no país. É evidente também que tal instabilidade não é um bom tempera para a região. Contudo estas regras são as que os paraguaios escolheram. Todo problema reside na convivência com os países vizinhos.
O ideal é que os países do Mercosul se preocupassem em estabelecer regras de garantia de estabilidade política para aqueles países que quisessem ingressar no bloco e também para aqueles que querem permanecer. Tais regras buscariam a harmonização das instituições políticas no bloco. Por exemplo, eleições direta, rotatividade no poder, judiciário independente etc. Por exemplo, impedir que um presidente disputasse três ou quatro mandatos como ocorre.
Não se pode fazer uma união econômica sem uma harmonização política por mínima que seja.
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