Tratamento desigual para os desiguais e os boxes da Ceasa do Rio Vermelho
Tratar os desiguais de maneira desigual é a lógica de certos dirigentes baianos. Esta expressão tão politicamente correta é usada na Bahia em sentido invertido. Se não vejamos: o governo do estado está exigindo dos comerciantes da Ceasa do Rio Vermelho um valor que muitos alegam terem dificuldades de pagar. Diz uma autoridade que a importância será para cobrir o custo dos mobiliários e equipamentos que lhes ajudarão a “ganhar muito dinheiro”, diz a tal autoridade. Ela acrescenta que existem muitos interessados, que podem pagar o dobro. É pegar ou largar, não tem conversa, conclui-se. Este não é o mesmo diálogo com Hospital Espanhol, surpreso com a enorme dívida acumulada, que o governo se apressou a intermediar com agentes financeiros. Nem o mesmo diálogo com os comerciantes da baixa do sapateiro que terão as fachadas de seus imóveis reformados pelo estado. Muito menos ainda com alguns grandes interesse do Santo Antonio que serão bem servidos com o aterramento da fiação que o governo vai financiar no bairro. Como vemos os desiguais são tratados de maneira desigual, mas o grande com benevolência e os outros com malvadeza.
Este tipo de tratamento é tradicional pelos representantes das elites culturais. Todas as vezes que o estado faz algum tipo de melhoramento, recuperação embelezamento etc. bairros, ruas, praças etc. estes espaços são entregues aos “250 interessados”. Estes, com certeza guardam algum tipo de identidade com as autoridades que lhes vão servir.
Assinar:
Postagens (Atom)