quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A Morte da Política ou a PEC 241



As ditaduras são difíceis de serem definidas, pois elas tentam de imediato se caracterizar em regimes legítimos, mas suas características se evidenciam em seus atos. É o caso do ato ditatorial que foi a PEC 241. Mas sua primeira vítima é a política.
A quem serve a morte da política, leia-se PEC 241. A política é a “arte de pensar as mudanças e de criar as condições para torná-las efetivas”. Com esta afirmação de Milton Santos, podemos encontrar uma mista para este nada misterioso assassinato. A emenda constitucional proposta faz parte de um processo de crise criado para evitar as mudanças e as condições para torná-las efetivas que estão a caminho. Portanto, é preciso denunciar, processar e julgar estes criminosos dentro de um processo político que é imortal, posto que nasce do anseio da massa excluída.
Os suspeitos são os herdeiros dos que se opuseram ao fim simbólico da escravidão proposto pela rainha deles. Estes para continuar tocando seus interesses locais em detrimento de toda nação não tiveram dificuldades de apear a majestade deles, para criar uma república de fancaria, baseada na exclusão da maioria e na importação e inclusão de seus próximos. Por isso, os escravagistas prosperam, assim como seus próximos aliados. Entretanto, o resto da nação, principalmente o Nordeste afundou-se nas desigualdades extremas. 
Não tendo possibilidade de fazer política através do diálogo, das propostas e projetos, cabe aos criminosos promulgar leis, que não precisam passar pelo crivo dos cidadãos. Pois se assim o fossem não seriam aceitas e os assassinos não seriam eleitos, como alguns foram. O exercício do poder efetiva-se pela política, para os criminosos esta se exerce pela manifestação dos caras pintadas.
Os novos caras pintadas, agora de camisa amarela, parentes próximos dos velhos “Camisas Pretas”, em fim lograrão êxito em seus projetos de circularem livremente nos aeroportos, de terem ama-seca de seus herdeiros aos domingos. Com efeito, a classe média ameaçada de serem despossuída de alguns de seus privilegio mais visíveis reagiu rápido, através de seus meninos de seus acólitos no congresso.
Tornando rígida os instrumento de efetivação da política, os seus acólitos nas casas de apresentação agem como Pilatos, lavando as mãos para os danos á sociedade. Desta forma, poderão retornar com suas fontes inesgotáveis de recursos a propor novas e milagrosas soluções como foi o “Plano Real”.
Entretanto, faz-se mister mobilizar os excluídos e todos aqueles que lhes são solidários para esta cruzada contra o mal que vem do sul, principalmente do “Oeste”. Vamos, portanto ressuscitar a política para continuar a “arte de pensar mudanças”.







 

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