quarta-feira, 27 de junho de 2018

De Senadores e de Barões

De Senadores e de Barões

As manifestações dos parlamentares baianos a respeito da exclusão de Lidice da chapa majoritária foram lamentáveis. Mas o que mais chamou a atenção foi a manifestação de um deputado da base. Este afirmou que “as políticas para as minorias já contemplavam a preocupação dos atuais gestores com as minorias“. Surpreende que um deputado estadual não saiba que as mulheres nao são minorias na sociedade baiana. Mas compreende-se que no afã de justificar o projeto de poder do qual faz parte cometa-se este tipo de deslize.

Fazer parte de um grupo que tenha um projeto de poder não é um atitude condenável em si. Todos que estão na política  tem projeto de poder. O problema se coloca quando o projeto de poder toma decisões que vão de encontro aos movimentos que dão ou deram base aos lideres que conduzem este projeto de poder. Neste caso, os parlamentares porta-vozes destes lideres perdem o senso de equilíbrio e fazem comentários que revelam seus reais sentimentos.
                                                      

Efetivamente, a base social de sustentação dois atuais lideres do projeto de poder hegemônico na Bahia não está mais no movimento social, no movimento sindical, no movimento negro, dentre os muitos que contribuíram para levar ao poder os atuais gestores. Ela está no simbólico Coronel.

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