As elites se digladiam para conservar seus privilégios decorrentes de uma sociedade excludente do ponto de vista racial. Parlamentares de representatividade duvidosa, chefe de executivo sem qualidade, pretendentes ao poder central e “guardiões da pátria” disputam como se apropriar da riqueza produzida pelos afro-brasileiros.
Os representantes do povo sequestraram quase trinta bilhões de reais de verbas públicas e as destinaram a seus projetos políticos. Em seguida, em ato implicitamente combinado, o presidente da Camara deu um ultimato em tom ameaçador, afirmou “tudo tem limite”. Este se destinou a algum irresponsável, para ele, representante do executivo. A carapuça coube perfeitamente ao chefe do executivo.
A resposta foi imediata. A intervenção na cúpula das forças armadas, tentando demonstrar que tem controle destas forças. Os donos do país são demitidos como simples “aspone”, movimentados como peões para proteger uma rainha acuada. E teve efeito nas lideranças das elites culturais conservadoras.
Os protegidos pelas guarnições reagem imediatamente. Anunciam seus porta-vozes: “Seis presidenciáveis assinam manifesto conjunto pró-democracia” Estadão.
Responde o poeta: “Eles querendo mudar nossa sina. Nos injetando a inconsciência. Dizendo que é a democracia. Grande piada, conto de fada, eh” Edson Gomes.
Não defendem a democracia, pois esta não existe, mas defendem seus interesses pessoais e dos segmentos a que pertencem. A ditadura, que seu candidato tanto almeja, não garante seus privilégios, ao contrário, os ameaçam, na medida em que esta pode trazer instabilidade política e, consequentemente econômica.
Adultos, Jovens e crianças mortas diariamente por “bala perdida”. São quase cinquentas mil por ano, mais que as três guerras civis somadas (Somália, Síria e Yemen). A maioria de afro-brasileiros, sem que haja alguma justiça. E dizem “Não há liberdade sem justiça”. Racismo é o cerceamento da liberdade. Portanto, não há justiça, uma vez que não há liberdade.
Por tudo, a conclusão é fácil, inexiste ameaça
democracia uma vez que ela, entre nós, é um conto de fadas.
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