segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Vamos acabar com este evento.

 Vamos acabar com este evento.

 

Este texto trata da desconstrução das organizações negras levadas a efeito por ideologias que colocam em primeiro ligar os aspectos economicistas das relações sócio/culturais. Vamos destacar alguns agentes do confuso identitarismo de classe que nunca aportou solução para a essência dos problemas da maioria dos brasileiros. Impedir a organização era o proposito final.

 

A influência das organizações marxistas na formação do Movimento Negro nos anos 70 foram decisivas para determinar o futuro deste movimento. Na clandestinidade política e impedidos de atuar nas organizações de identidade de classe, isto é, nos sindicatos, estes grupos se infiltravam em todos os movimentos sociais. O movimento negro não poderia ficar de fora. 

 

Três correntes foram decisivas. A primeira dos herdeiros de Kruschev estava minoritária na organização do evento. A segunda, herdeira de Trótski esteve na vanguarda dos acontecimentos. A ultima, a herdeira de Stalin. Esta teve participação mínima na organização, talvez nenhuma, em razão de sua visão de que somente a luta de classes poderia libertar os trabalhadores independentemente das outras identidades.

 

Após a redução do projeto do MUCDR, levando-o para o gueto do identitarismo racial, o movimento foi obrigatoriamente esvaziado. Para isso, alguns militantes foram utilizados como bucha de canhão, alguns até deslocado para regiões estratégicas.

 

Esta vitoriosa manobra esvaziou os negros de uma autêntica representação nacional, como era os projetos dos jovens revolucionários que ocuparam “As Escadarias”. O MNU se transformou inexpressivas seções estaduais ocupadas por militantes ligados as organizações de identitarismo de classe.

 

Dispersos e isolados, os afro-brasileiros irão dar continuidade ao poder branco na cidade mais negra do país. Portanto, é necessário reconstruir o sonho de uma unidade contra a discriminação racial. 

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