sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Mais ciência e tecnologia para nossas universidades
O pacto federativo começou a ser restabelecido com a recente decisão da Presidenta Dilma de dar início ao processo de instalações de duas universidades na Bahia. Com efeito, estados com importância econômica e política próximas ao nosso abrigam um número de instituições públicas de ensino superior público algumas vezes o nosso: Minas gerais, 6 vezes; Rio Grande do Sul, 3 vezes. Portanto, a decisão chega tarde, mas..., antes tarde do que nunca.
É evidente que esperamos muito mais. Queremos levar o ensino superior ao Semi-arido, região importante, mas sem um centro universitário local; queremos a universidade federal de Vitória da Conquista, importante polo econômico e populacional. Acreditamos que muitas demandas justas irão aparecer, assim que as recentes decisões forem implementadas e os resultados econômicos, políticos e sociais forem surgindo nas respectivas regiões.
Entretanto, a concentração de cursos de pós-graduação em poucos estados da federação além de agravar a violência ao pacto federativo, impede a produção de ciência e tecnologia em nossas instituições; por isso, estas decisões devem ser imediatamente complementadas com a descentralização da autorização de cursos de pós-graduação. De fato, apenas três estados da federação concentram quase 70% dos cursos de pós-graduação, razão de ser de uma universidade. Esta concentração tem sido prejudicial ao desenvolvimento tecnológico e cientifico do país, nossas melhores universidades estão nas piores colocação no “ranking” mundial e o país, idem na produção de ciência e tecnologia. Esta violenta concentração, impede a competição.
As lutas no interior das atuais e futuras universidades devem ser no sentido de trazer para os estados nordestinos a responsabilidade da autorização e implantação de cursos de mestrados e doutorados para os atuais e futuros formandos das nossas instituições de ensino, pois não existe universidades sem pesquisa e esta é papel dos cursos de pós-graduação. O financiamento e as bolsas devem continuar com as agências federais, resgatando o equilíbrio federativo, dentro de um espirito de justiça equitável de reparação histórica ao Nordeste.
Portanto, para tirar o país do atraso, a luta por mais universidades na Bahia e no Nordeste deve ser acompanhada da luta pela descentralização dos cursos de pós-graduação para os estados única forma de liberar a produção cientifica e tecnológica do país.
Prof. Nilo Rosa
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