Gedel ou Paulo Souto: tudo
será decidido nas cúpulas
Os projetos das elites se confundem, divergindo apenas os nomes. Elite
progressista no poder encontrou o natural consenso daqueles que detém o
controle do aparelho estatal. A elite conservadora busca ampliar seu espaço no
controle estatal, a partir da Prefeitura de Salvador e de Feira de Santana, os
dois maiores municípios da Bahia. Ambas objetivam afastar a maioria população
da possibilidade de influenciar as decisões que lhes dizem respeito.
A dificuldade dos articuladores da elite conservadora em anunciar seu candidato
decorre do fato de que o candidato dos sonhos da facção dominante desta elite
seria Paulo Souto, companheiro fiel de longas datas. Ocorre que o projeto
político das elites (conservadoras e progressistas) na Bahia é nacional. Logo o
nome ideal seria de Gedel Vieira Lima, pois este restringiria o palanque
eleitoral de Dilma na Bahia. Como já está reduzido em Pernambuco.
Esta possibilidade de Paulo Souto evidencia o descrédito que as elites
conservadoras da Bahia têm na candidatura de Aécio Neves. Somente neste caso
pode-se entender a insistência em propor esta candidatura.
Gedel insiste em manter sua candidatura na certeza que, em caso
contrário, poderá desaparecer do cenário político, como desapareceram os “vianas”,
os magalhães (Juracy) etc.
É muito provável que esteja havendo pressão da cúpula de PSDB pela
definição do nome de Gedel Vieira Lima na Bahia. Esta pressão pode se agravar,
caso os tucanos emplaquem seus palanques políticos, que chamam de CPI. Esta é a
uma possibilidade de atingir a imagem de Dilma e provocar um segundo turno.
Portanto, o que está em jogo são os grandes projetos nacionais, aos
quais as elites baianas sempre se curvaram.
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