De Senadores
e de Barões
As
manifestações dos parlamentares baianos a respeito da exclusão de Lidice da
chapa majoritária foram lamentáveis. Mas o que mais chamou a atenção foi a
manifestação de um deputado da base. Este afirmou que “as políticas para as
minorias já contemplavam a preocupação dos atuais gestores com as minorias“.
Surpreende que um deputado estadual não saiba que as mulheres nao são minorias
na sociedade baiana. Mas compreende-se que no afã de justificar o projeto de
poder do qual faz parte cometa-se este tipo de deslize.
Fazer
parte de um grupo que tenha um projeto de poder não é um atitude condenável em
si. Todos que estão na política tem
projeto de poder. O problema se coloca quando o projeto de poder toma decisões
que vão de encontro aos movimentos que dão ou deram base aos lideres que
conduzem este projeto de poder. Neste caso, os parlamentares porta-vozes destes
lideres perdem o senso de equilíbrio e fazem comentários que revelam seus reais
sentimentos.
Efetivamente,
a base social de sustentação dois atuais lideres do projeto de poder hegemônico
na Bahia não está mais no movimento social, no movimento sindical, no movimento
negro, dentre os muitos que contribuíram para levar ao poder os atuais
gestores. Ela está no simbólico Coronel.