segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O Nosso Futuro Comum


O Nosso Futuro Comum

Os povos civilizados, isto é “os mais avançados” – ao menos é assim que imaginam -, sempre assumiram suas responsabilidades com o mundo e todos aqueles que o habitam, mesmo os selvagens e aqueles sem fé. Nesta condição coloco os europeus na modernidade. Na África, na Ásia tiveram um papel fundamental na difusão de seus princípios e no combate aos princípios dos outros. Nas Américas, tiveram mais dificuldade, por isso o extermínio foi o caminho encontrado. Assim, através de acordos, convenções ou tratados procuram regular diferenças, conflitos e mesmo guerras.
O Tratado de Tordesilhas é foi uma das primeiras tentativas neste sentido. Portugal e Espanha, na época potência dos mares, disputavam o fruto de suas últimas descobertas. Para evitar a guerra entre vizinhos tão cristãs, Papa propôs uma partilha dos territórios invadidos. Naquela época, a igreja era a autoridade máxima no mundo civilizado. Ainda não existiam os organismos de consenso internacional como a moderna ONU. Assim, o novo mundo ficou dividido entre a Espanha e Portugal. 
Outros acordos neste sentido foram feitos. Mas nos interessa, dentro desta logica de preocupação dos países civilizados, é a sua preocupação com o outro, o diferente. Por isso vamos trazer o acordo estabelecido na Convenção de Berlim. Este acordo partilhou a África entre os países civilizados, para melhor facilitar o comercio, aprofundar e democratizar a colonização. A unificada e poderosa Alemanha também queria seu “pedacinho do céu”.
Nos dias atuais é o nosso futuro que interessa aos países civilizados. Agora, no entanto, nosso futuro comum. Assim ficou conhecido o último documento de consenso para o mundo produzido pelos europeus e associados. Neste documento aparece bem claro a idéia de desenvolvimento sustentável. O nosso futuro depende de um desenvolvimento hoje que não prejudique o desenvolvimento de amanhã. Por isso, a primeira proposta é o controle da natalidade nos países pobres.
Portanto, nosso futuro comum será com menos preto e menos pobres.

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