Construindo a violência cultural
A manutenção das
riquezas exige um controle da difusão da cultura. Nisto o jovem alcaide é
mestre.
Ato explicito de
racismo. "Corri atrás de patrocínio" disse o jovem alcaide. Para
justificar o dinheiro público destinados a seus semelhantes. Para obter voto o alcaide
corre atrás de pretos e pretas na periferia, mas para distribuir milhões corre atrás
de patrocínio para seus iguais.
O voto celebra um cruel
sistema político. Aos pretos e pretas da periferia são entregues “parquinhos”, encostas
reformadas que reforçam a fortuna dos construtores amigos do jovem alcaide.
A democracia é
impossível em sociedades extremamente desigual, como é o caso da brasileira.
Nesta sociedade, as elites, como atos como estes, garantem a manutenção das desigualdades.
O ato do alcaide de Salvador vai exigentemente nesta direção.
A democracia não é como
a cor verde das plantas. Ela é o produto da evolução de um processo
civilizatório. Este é fruto de uma forte
coesão cultural, conseguida com extrema violência que a história é a principal
testemunha das brutalidades cometidas pelos europeus para impor o seu.
Portanto, atos como
estes revelam as novas formas de violência para manter a riqueza e dar continuidade
à imposição de uma cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário