domingo, 6 de dezembro de 2020

Construindo a violência cultural

 

 

Construindo a violência cultural

A manutenção das riquezas exige um controle da difusão da cultura. Nisto o jovem alcaide é mestre.

Ato explicito de racismo. "Corri atrás de patrocínio" disse o jovem alcaide. Para justificar o dinheiro público destinados a seus semelhantes. Para obter voto o alcaide corre atrás de pretos e pretas na periferia, mas para distribuir milhões corre atrás de patrocínio para seus   iguais.

O voto celebra um cruel sistema político. Aos pretos e pretas da periferia são entregues “parquinhos”, encostas reformadas que reforçam a fortuna dos construtores amigos do jovem alcaide.

A democracia é impossível em sociedades extremamente desigual, como é o caso da brasileira. Nesta sociedade, as elites, como atos como estes, garantem a manutenção das desigualdades. O ato do alcaide de Salvador vai exigentemente nesta direção.

A democracia não é como a cor verde das plantas. Ela é o produto da evolução de um processo civilizatório.  Este é fruto de uma forte coesão cultural, conseguida com extrema violência que a história é a principal testemunha das brutalidades cometidas pelos europeus para impor o seu.

Portanto, atos como estes revelam as novas formas de violência para manter a riqueza e dar continuidade à imposição de uma cultura.

 

 

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