Livre Circulação, Crescimento e Desenvolvimento
Livre circulação,
crescimento e desenvolvimento são ideais que não podem ser separadas dentro de
um sistema político que busque justiça social, como veremos.
Desenvolvimento
sustentável está intrinsicamente ligado a circulação dos agentes. E este
é impossível de realizar-se em sociedades profundamente desigual, como a brasileira.
As profundas desigualdades impedem o funcionamento de um sistema político que dê
ao individuo a autonomia e responsabilidade de suas ações e as consequências
destas.
O atual modelo de
exclusão tem origem no "esbulho possessório" que foi a lei da terra
de 1850. Esta lei transformou oitenta porcento da população brasileira em “sem
terra”. Mas as interpretações conservadoras dos papéis dos agentes foram
determinantes para a consolidação da exclusão. Com efeito, a maioria da
população foi considerada mentalmente despreparada. Os intelectuais das elites
buscaram nos ensinamentos da ciência europeia do século XIX uma explicação
nosso atraso. Este modelo, portanto, persiste até nossos dias.
Nossas elites foram
alimentadas por estas interpretações e estes ensinamentos. Estas quando
necessitam, são capazes de estabelecer consensos para lhes tirar das crises. Por
exemplo foi assim, espetacularmente nos anos noventa. Quando estas elites foram
capazes de estabelecer um consenso para pôr fim a inflação galopante deixada
pela ditadura. Por isso, podem ser capazes de estabelecer outro consenso para afastar
esta consequência da ditadura que hoje nos assola.
Mas as bases destas
mudanças devem ser buscadas na história e na luta política através de uma nova
leitura de nossa história.
Portanto, é fundamental
para um verdadeiro desenvolvimento sustentável a busca de um modelo que inclua,
baseado na autonomia responsabilidade de cada cidadão. Para isto, as novas elites
devem se insurgir e construir novos sistemas de verdade.
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