sexta-feira, 5 de março de 2021

Livre Circulação, Crescimento e Desenvolvimento

 

Livre Circulação, Crescimento e Desenvolvimento

Livre circulação, crescimento e desenvolvimento são ideais que não podem ser separadas dentro de um sistema político que busque justiça social, como veremos.

Desenvolvimento sustentável está intrinsicamente ligado a circulação dos agentes. E este é impossível de realizar-se em sociedades profundamente desigual, como a brasileira. As profundas desigualdades impedem o funcionamento de um sistema político que dê ao individuo a autonomia e responsabilidade de suas ações e as consequências destas.

O atual modelo de exclusão tem origem no "esbulho possessório" que foi a lei da terra de 1850. Esta lei transformou oitenta porcento da população brasileira em “sem terra”. Mas as interpretações conservadoras dos papéis dos agentes foram determinantes para a consolidação da exclusão. Com efeito, a maioria da população foi considerada mentalmente despreparada. Os intelectuais das elites buscaram nos ensinamentos da ciência europeia do século XIX uma explicação nosso atraso. Este modelo, portanto, persiste até nossos dias.

Nossas elites foram alimentadas por estas interpretações e estes ensinamentos. Estas quando necessitam, são capazes de estabelecer consensos para lhes tirar das crises. Por exemplo foi assim, espetacularmente nos anos noventa. Quando estas elites foram capazes de estabelecer um consenso para pôr fim a inflação galopante deixada pela ditadura. Por isso, podem ser capazes de estabelecer outro consenso para afastar esta consequência da ditadura que hoje nos assola.

Mas as bases destas mudanças devem ser buscadas na história e na luta política através de uma nova leitura de nossa história.

Portanto, é fundamental para um verdadeiro desenvolvimento sustentável a busca de um modelo que inclua, baseado na autonomia responsabilidade de cada cidadão. Para isto, as novas elites devem se insurgir e construir novos sistemas de verdade.

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