A REDE de Sustentabilidade, partido ao qual estou filiado, forneceu-me como ajuda financeira uma irrisória importância. Insuficiente até para pagar o aluguel de qualquer comitê. Estes recursos são oriundos do Fundo Especial de Financiamento Eleitoral – FEFC. Isto não me aborreceu, tendo em vista que sou contra este tipo de “financiamento público” campanha eleitoral. Penso ser o cidadão o responsável pelo financiamento das lutas nas quais está inserido.
Sou contra este tipo de financiamento - FEFCE - pois entendo
que qualquer proposta política deve mobilizar, política e financeiramente, o
coletivo que a defende. Logo, se aquele que a defende não consegue apoio
político e, principalmente financeiro, significa que suas propostas não merecem
fé e sua luta não deve continuar. Isto porque os “partidos de esquerda” são hegemonizados
por brancos e suas ideologias eurocentricas, logo excludentes. Não se pode
esperar outra coisa, que não seja financiar aqueles que são subservientes as
suas ideologias e as práticas dos governos em que são bases.
Construir uma Universidade Publica socialmente referenciada.
Colocar os jovens negros nas Universidades. Ter pós-graduação de excelência com
referências africanas e afro-brasileiras. Ter uma educação básica centrada na cultura
de nossos antepassados e ancestrais são os temas de nossas dissertações e
teses. Agora, precisamos mais que isto. Precisamos estar lá onde as decisões de
financiamento são tomadas. Vamos parar de esmolar e de ser humilhado por muitos
que ajudamos a eleger.
Colegas! Não peço apenas voto dos Pesquisadores Negros, uma
vez que este está garantido, em razão do trabalho que realizamos nos últimos
vinte anos. Peço que discutam nossas propostas com colegas e, acima de tudo,
nossos alunos. Somos professores de professores. Portanto, multiplicaremos
nossos votos em razão geométrica. PELO MENOS É NISSO QUE ACREDITO.
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