Comentários
apresentados na Revista Semanal virtual da APNB. Nesta semana, como não podia
deixa de ser, conversamos a respeito dos resultados das eleições. Utilizamos
como título “Democracia, Eleição, Orçamento, Universidade e Pesquisa”. Nas
conversas ficou evidente a conexão entre os quatro pontos da temática.
Democracia é uma
construção europeia baseada no consenso cultural. Este consenso não foi possível
por dadiva, ao contrário as atrocidades, violências massacres e genocídios
civilizaram as elites europeias. A democracia, portanto, permite criar
instrumentos de gestão e controle. Ela está baseada no direito de voto que é
exercido por cada cidadão.
"A democracia não é um sistema feito para garantir que os melhores sejam eleitos, e sim, para impedir que os ruins ficam para sempre". Esta expressão é atribuída a Primeira Ministra Margareth Thatcher. Vamos testar mais uma vez nossa "Democracia", na medida em que temos uma coisa ruim que faz com que quatro anos pareça uma eternidade.
Nesta eleição dois
modelos se confrontam. De um lado, uma ditadura já em curso, evidenciada pelo desrespeito
às leis, pelo apelo as autoridades militares. De Outro lado, uma tentativa de resgatar
os mais elementares alicerces de convivência entre os diferentes. A vida e o
respeito às leis são estes elementos que serão resgatados nesta arena de luta.
O orçamento sempre foi
entre nós um peça de ficção. Neste momento, ele vem sendo utilizado para
impedir o avanço democrática. As evidencias são notadas no “orçamento secreto”.
No contingenciamento de recursos e no seu direcionamento eleitoreiro. Tira-se
verba para ensino e pesquisa, que são transferidas para pagamento do “orçamento
secreto”. Para onde foi o dinheiro público. Aquele que o cidadão esforça-se
para receber com o seu trabalho.
Orçamento sempre foi entre nós um peça de ficção. Ele é
utilizado para impedir o avanço democrática. As evidencias são notadas no
orçamento secreto, contingenciamento de recursos e no seu direcionamento
eleitoreiro. Tira-se verbas das universidades para o orçamento secreto.
Destacamos que falta democracia na distribuição dos recursos
das universidades nacionais. Estes recursos são distribuídos com muitos critérios,
mas que se sobressai o caráter étnico regional. Isto prejudica profundamente nossa
produção científica com raros destaques a nível internacional.
Os recentes contingenciamento nacional e os constantes
regionais evidenciam um descaso nacional pela pelo ensino, pesquisa e extensão.
Estas manobras desfiguram os orçamentos públicos, colocando-os à disposição das
estruturas arcaicas das elites culturais.
Em resumo, “democracia, eleição e orçamento” são temas que se
imbricam na base econômica, mas que são também temas que estão na “superestrutura”,
espaço que temos obrigação de almejar.
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