domingo, 16 de outubro de 2022

A democracia e o processo de eleição

 

A democracia e o processo de eleição

 

Em nosso Programa pós-TV, destaquei três pontos, que vamos abordar com profundidade oportunamente. Três pontos aqui são de fundamental importância para compreender nosso atraso civilizatório. O primeiro, trata-se do financiamento de campanha. O segundo, da influência de líderes religiosos em parcela significativa do eleitorado e o terceiro da formação do cidadão enquanto eleitor. Vamos demonstrar que estes pontos distorcem todo o sentido da marcha em direção de uma democracia.

Primeiro vamos abordar o papel das religiões no processo político. A seguinte pergunta se faz obrigatória: é possível em um “Estado Teocráticos” atingir-se o bem estar de todos como prega os livros religiosos? Minha resposta de imediato é um sonora não para este plano. Em outro plano de vida, por exemplo no “paraíso”, isto será possível.

As "teocracias" nascem, crescem e morrem muito rapidamente. Mas antes, às vezes, agonizam por muitos anos. É o que estamos assistindo agora em alguns países. Este fenômeno vem germinando em nosso país. Entretanto, é bom destacar que “teocracia”, em nossas bandas, é uma teocracia de resultado. O que já antecipa sua rápida agonia.

A formação social, política e cultural seriam importantes para romper esta lógica de dominação, mas carecem de instrumentos hábeis. Por exemplo, a Lei 10.639/2003 tem seu papel duplamente obstruído. Seus adversários e seus aliados se somam para impedir sua implementação. Por isso, a educação perde seu papel libertador. Mas ela salva.

Ela, a “educação me salvou” e foi determinante para sobreviver e viver, mas esta sem a democracia seria insuficiente para superar as restrições sociais. Aqui nos referimos a democracia do concurso público. Aquela democracia que muitos se referem só será atingida com a luta incessante contra a discriminação dos afro-brasileiros, O principal entrave a democracia.

Os entreves são institucionalizados. Citamos como exemplo, o fundo de financiamento de campanha. O Fundo Eleitoral distorce o processo "democrática". As burocracias das elites culturais distribuem milhões de reais a seu bel-prazer. De tal forma, que não é o debate, a apresentação de propostas etc, que elegem seus representantes e, sim, a quantidade de milhões que recebem.

Portanto, estamos muito longe de fazer das eleições a festa da democracia. Espero não termos que enfrentar as barbáries ocorridas no berço desta grande invenção.

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