O Presidente LULA grita, e com razão, contra a manutenção da SELIC no atual patamar. No entanto, perde a disputa contra a banca em seu próprio campo. Os bancos privados não aceitaram a taxa imposto por um de seus ministros. E foram seguidos pelos bancos “públicos”. Um absurdo!
Lei de Responsabilidade, teto de gastos, ancoras fiscal e outras sandices como tais são instrumentos jurídicos e fiscais usados pelas elites culturais para limitar a construção política. A criatividade destas elites para falsificar o debate democrático, o único capaz de construir as condições politicas para as transformações sociais. Estes instrumentos enrijecem as relações entre as instituições do mercado, mantendo a hipertrofia da instituição cultura. Vejamos o caso dos juros do consignado dos aposentados. Os bancos privados negam-se a reduzir suas taxas a um valor razoável.
Os bancos públicos estão cheios de dinheiro do ˜publico˜. A caixa Econômica Federal recolhe o dinheiro do fundo de garantia. Quantos bilhões são recolhidos dos trabalhadores e dos empresários. Qual a remuneração destes milhões a aqueles que por lei lhes confiam. O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – piada! – recebe. bilhões do FAT. Quanto é a remuneração que retorna para o trabalhador e a quem se destina o dinheiro recolhido.
Um desses economistas reformistas sugeriu que seria possível superar a política de juros alto do Banco Central, utilizado os bancos públicos. Criando programas de créditos com juros subsidiados, seria possível a injeção de alguns bilhões no mercado nas mãos de quem realmente produz riquezas, quais sejam: a “economia passiva “. Algo que pensei fosse possível. No entanto, aquele representante das elites culturais conservadoras esqueceu que os bancos públicos são “públicos” única e exclusivamente para recolher dinheiro do publico. Em outras palavras, quando se trata da distribuição destes recursos, estes bancos agem como bancos privados, para os quais só o lucro importa.
Por isso e portanto, o grito do Presidente LULA, só será ouvido, quando o conjunto do movimento social (MST, MNU, CUF etc.) tiver a capacidade de compreender que LULA só ganhará a parada - juros, reforma tributária - quando o povo estiver na rua e chamar atos políticos. Acredite, serei o primeiro na rua a levantar estas bandeiras.