Por que não podemos ter fortes universidades estaduais?
Não existe nenhum tipo de desenvolvimento sem universidades pulsantes. Nestas instituições se produz pesquisa, ciência e tecnologia. Conseqüentemente, hegemonia e, proporcionalmente à sua liberdade, contra hegemonia. Por isso, é fundamental repensarmos o papel de nossas universidades estaduais.
As universidades estaduais, apesar dos excelentes intelectuais de que dispõe, funcionam como universidades de passagem, isto é, elas formam e preparam os professores para ingressarem nas federais. No entanto, as melhores universidades do Brasil são estaduais. Alguns alegam que a força destas universidades vem do fato de terem agência estadual de fomento forte. Com efeito, autonomia financeira da Fapesp é vista por alguns como responsável pelo fato de São Paulo ter passado o Rio de Janeiro na produção de ciência nos anos 70. - “ JC e-mail 3264, de 16 de Maio de 2007”.
É claro que este argumento deve ser relativizado. Mas não podemos esquecer que esta autonomia faz a diferença entre outras fundações estaduais de amparo à pesquisa. Por isso, é fundamental pensarmos um novo modelo para a FABESP. A autonomia financeira e administrativa, associadas a uma gestão democrática, podem contribuir decisivamente para alterar o quadro atual.
Mas isto será insuficiente se os governantes não derem a devida atenção às universidades estaduais. Estas recebem pouca atenção pelo fato de a universidade federal ser suficiente para formar os quadros das elites. A autonomia das Universidades é desrespeitada por leis emanadas nos períodos mais obscuros da política baiana. Os recursos diretos são constantemente contingenciados. Portando, é fundamental rediscutir esta lógica.
Concluímos que para alavancar o desenvolvimento da Bahia é necessário, acima de tudo, colocar a produção de ciência e tecnologia em primeiro lugar. Isto só será possível com o fortalecimento da FABESP e o fortalecimento das universidades públicas estaduais e federais.
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