O aumento da taxa de juros movimenta o mercado americano e arrastam as
economias emergentes. Este movimento vai anular os rebaixamento e adiar a luta
contra as reformas necessárias no Brasil.
Os capitais não vão atrás dos juros nos EUA a busca de especulação pela especulação.
Eles são atraídos pela possibilidade de investimentos produtivos em uma
economia dinâmica. Estes puxam a economia mundial., principalmente aquelas
que vivem basicamente da produção e
venda de “commodities”. Os
capitais especulativos continuam indo para estes paraísos de juros extorsivos. Os
juros extorsivos não podem debelar a inflação, pois esta vinculada a nossa
incapacidade de produzir riqueza em função da nossa logica de discriminação.
Toda crise brasileira repousa no fato de que uma nova sociedade deseja
nascer nas cinzas de uma sociedade de discriminação. Setores que sempre se
beneficiaram desta lógica trabalham politicamente para impedir este avanço. As
politicas de inclusão, embora tímidas, estão aterrorizando aqueles que podem
ser deslocados de seus locais de privilegio. Com efeito, cotas nas
universidades publicas, cotas nos serviços públicos, novas universidades no
Nordestes podem trazer a cultura para o centro do debate.
Os capitais especulativos nacionais se aliam às organizações
internacionais para dar peso internacional a “nossa crise”. Somos avaliados
como mal pagadores quando não atrasamos pagamentos e temos uma enorme reserva
internacional. Internamente, se observa o absurdo de a maior parte da dívida do
governo ter como credor o próprio governo.
O governo é incapaz de obrigar suas instituições que possuem a divida do
governo a fazer eficiente aplicação dos recursos. As maiores instituições financeiras
pertencem ao governo, os maiores fundo de pensão pertencem ao governo. Estas
instituições estão a serviços das elites culturais conservadoras ou reformistas,
por isso são incapazes de fazer investimentos lucrativos com os capitais que
recebem da divida publica.
Com os capitais paralisados, ou financiando o ócio das elites culturais o
país não tem condição de sair do atoleiro. Como por tradição apenas uma força
vinda do estrangeiro será capaz de colocar a maquina para girar. Este fato
externo será o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. Por isso, devemos
comemorar a acertada decisão do FED.
Os rebaixamento do Brasil atingem os programas sociais na medida em que
obriga o governo a incrementar os injustos programas de ajustes. Estes ajustes
se resumem apenas a cortes em necessários programas sociais. Estes programas
aportam uma quantidade significativa de recursos para a economia real. Estes
“rebaixamentos” não tem sentido. Primeiro porque estas empresas não tem nenhuma
credibilidade, elas fazem parte de um jogo meramente especulativo. Em segundo,
na crise de 2008, não disseram a que vieram. Foram todas pegas de “surpresa”.
Portanto, a saída da crise deixará a economia brasileira na dependência da
economia mundial. Assim, continuaremos a produzir “commodities » para colaborar com a sofisticação econômico dos grandes centros.
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