sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Os juros nos EUA e a crise brasileira



O aumento da taxa de juros movimenta o mercado americano e arrastam as economias emergentes. Este movimento vai anular os rebaixamento e adiar a luta contra as reformas necessárias no Brasil.

Os capitais não vão atrás dos juros nos EUA a busca de especulação pela especulação. Eles são atraídos pela possibilidade de investimentos produtivos em uma economia dinâmica. Estes puxam a economia mundial., principalmente aquelas que  vivem basicamente da produção e venda de “commodities”. Os capitais especulativos continuam indo para estes paraísos de juros extorsivos. Os juros extorsivos não podem debelar a inflação, pois esta vinculada a nossa incapacidade de produzir riqueza em função da nossa logica de discriminação.

Toda crise brasileira repousa no fato de que uma nova sociedade deseja nascer nas cinzas de uma sociedade de discriminação. Setores que sempre se beneficiaram desta lógica trabalham politicamente para impedir este avanço. As politicas de inclusão, embora tímidas, estão aterrorizando aqueles que podem ser deslocados de seus locais de privilegio. Com efeito, cotas nas universidades publicas, cotas nos serviços públicos, novas universidades no Nordestes podem trazer a cultura para o centro do debate.

Os capitais especulativos nacionais se aliam às organizações internacionais para dar peso internacional a “nossa crise”. Somos avaliados como mal pagadores quando não atrasamos pagamentos e temos uma enorme reserva internacional. Internamente, se observa o absurdo de a maior parte da dívida do governo ter como credor o próprio governo.

O governo é incapaz de obrigar suas instituições que possuem a divida do governo a fazer eficiente aplicação dos recursos. As maiores instituições financeiras pertencem ao governo, os maiores fundo de pensão pertencem ao governo. Estas instituições estão a serviços das elites culturais conservadoras ou reformistas, por isso são incapazes de fazer investimentos lucrativos com os capitais que recebem da divida publica.

Com os capitais paralisados, ou financiando o ócio das elites culturais o país não tem condição de sair do atoleiro. Como por tradição apenas uma força vinda do estrangeiro será capaz de colocar a maquina para girar. Este fato externo será o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. Por isso, devemos comemorar a acertada decisão do FED.

Os rebaixamento do Brasil atingem os programas sociais na medida em que obriga o governo a incrementar os injustos programas de ajustes. Estes ajustes se resumem apenas a cortes em necessários programas sociais. Estes programas aportam uma quantidade significativa de recursos para a economia real. Estes “rebaixamentos” não tem sentido. Primeiro porque estas empresas não tem nenhuma credibilidade, elas fazem parte de um jogo meramente especulativo. Em segundo, na crise de 2008, não disseram a que vieram. Foram todas pegas de “surpresa”.


Portanto, a saída da crise deixará a economia brasileira na dependência da economia mundial. Assim, continuaremos a produzir “commodities » para colaborar com a sofisticação econômico dos grandes centros.

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