quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Os gêmeos Siameses da Dominação Cultural

 


A violência que se abate sobre o negro brasileiro, em especial sobre os baianos, é fruto de um modelo importado. Com efeito, o liberal malthusiano que ocupa o Palácio do Planalto não é diferente do marxista cristão que ocupa o Palácio de Ondina no que diz respeito à violência contra os negros. Ambos os modelos sustentam-se no poder, desconsiderando os negros como ser humano.

A violência faz parte das principais ideologia exportadas pela elite cultural europeia. Duas delas tem causado verdadeiro flagelo nos territórios invadidos. O liberalismo e marxismo são os dois extremos desta dominação, as duas tem sua origem na necessidade santificar a semelhança.

Podemos ver dois recentes fenômenos como estas ideologias se complementam para atingir o objetivo cultural de extermínio de uma cultura.

Neste ano um fabricante brasileiro de armas transferiu para o exterior uma parte de sua produção, um pouco depois, teve a alíquota de importação de seu produto reduzida a zero. Esta empresa é quem mais financiou o candidato liberal malthusiano, que promove uma diminuição do estado. O desaparelhamento dos órgãos federais que controlam as fronteiras (SRF e PF) facilitam a entrada de todo tipo de armamento no país. Por outro lado, sem uma rigorosa fiscalização nos postos fiscais nas estradas, as drogas produzidas internamente circulam livremente. Por trás destas atividades milhões de reais são realizados. Estes são exemplos de como age o liberalismo malthusiano.

O exemplo de como funciona o modelo “marxista cristão” é o cerco aos bairros populares. Segundo a informa a TV semioficial, este cerco objetivava combater o tráfico. Estes bairros populares (invasões, favelas, alagados etc.) deveriam ser cercados de escolas, teatros serviços públicos, com abertura de ruas não para circular a repressão, como afirmou certa autoridade, mas para transitar transportes coletivos e carros de passeio e outros veículos uteis às comunidades.

Nestes cercos, o agente de repressão não tem escolha a não ser apertar o gatilho, é fato que alguns o faz com requinte de crueldade, no entanto, a maioria obedece às ordens de seus superiores, mandatário dos agentes políticos das elites culturais. Esta alta letalidade não pode ser atribuído ao livre arbítrio do agente de repressão que aperta o gatilho. É a sociedade quem mata dentro de um cálculo de escolha racional. Portanto, é a sociedade que deve ser punida através dos agentes políticos das elites culturais.

A violência destes dois segmentos de fato, faz parte de nossa história. Embora tenhamos uma estrutura que nega em todas as suas partes a existência do racismo. E nem podia ser diferente, uma vez que o racismo é o ódio ao outro.

Assim, as duas ideologias completam-se contra o negro brasileiro. Uma busca na escolha racional o alvo negro; a outra centraliza na mão do estado todo poder de purificação étnico-social.

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Construindo a violência cultural

 

 

Construindo a violência cultural

A manutenção das riquezas exige um controle da difusão da cultura. Nisto o jovem alcaide é mestre.

Ato explicito de racismo. "Corri atrás de patrocínio" disse o jovem alcaide. Para justificar o dinheiro público destinados a seus semelhantes. Para obter voto o alcaide corre atrás de pretos e pretas na periferia, mas para distribuir milhões corre atrás de patrocínio para seus   iguais.

O voto celebra um cruel sistema político. Aos pretos e pretas da periferia são entregues “parquinhos”, encostas reformadas que reforçam a fortuna dos construtores amigos do jovem alcaide.

A democracia é impossível em sociedades extremamente desigual, como é o caso da brasileira. Nesta sociedade, as elites, como atos como estes, garantem a manutenção das desigualdades. O ato do alcaide de Salvador vai exigentemente nesta direção.

A democracia não é como a cor verde das plantas. Ela é o produto da evolução de um processo civilizatório.  Este é fruto de uma forte coesão cultural, conseguida com extrema violência que a história é a principal testemunha das brutalidades cometidas pelos europeus para impor o seu.

Portanto, atos como estes revelam as novas formas de violência para manter a riqueza e dar continuidade à imposição de uma cultura.