PENSAR A BAHIA: desenvolvimento e igualdade racial
Fiesta, 19 de maio 2010, 16hs.
Não existe desenvolvimento sem liberdade. Com esta frase poderíamos sintetizar, a grosso modo, uma boa parte do livro de Amarthya SEN, premio Nobel de Economia em 98, O livro intitula-se: desenvolvimento como liberdade. A falta de liberdade é o principal obstáculo ao desenvolvimento brasileiro e, principalmente, ao desenvolvimento baiano, onde somos, nos afrobrasileiros, mais de oitenta por cento.
Em seu livro SEN busca mostrar como o cerceamento da liberdade dos cidadãos é determinante para o atraso de uma comunidade. Principalmente quando este contingente tem nas mulheres seus principais agentes.
A falta de liberdade é uma conseqüência da discriminação a que está submetido este contingente populacional. A superação destes obstáculos será o primeiro passo para alcançarmos algum grau de desenvolvimento sustentável.
O economista americano Gary BECKER, também premio Nobel de economia em seu livro The Economics of Discrimination demonstra como a discriminação no mercado de trabalho prejudica toda a sociedade, não apenas o grupo minoritário.
O filosofo liberal democrata americano John RAWLS em seu livro: A Teoria da Justiça, fundamenta a necessidade de uma justiça que leve em consideração o tratamento desigual para os desiguais. Esta obra está fundamentada no mais puro liberalismo, que vem desde Smith.
A obra A teoria da justiça nos dá base para políticas públicas imediatas. A econômica da discriminação nos faz compreender as causas de nosso atraso. O desenvolvimento como liberdade nos abre o caminho para o futuro.
Estes três autores servirão de base para discutir, neste seminário, que o primeiro passo para pensar a Bahia é superar os constrangimentos subjetivos a que estão submetidos os afrobrasileiros. Isto é, através de políticas publicas que tenham em vista uma justiça equitável.
NILO ROSA
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