domingo, 30 de junho de 2024

Choque de Civilização e a eleição francesa

 "UM ESPECTRO RONDA A EUROPA — o espectro do comunismo". Não deu certo. "UM - outro - ESPECTRO RONDA A EUROPA — espectro de se vê face a face com seu ódio ao outro. 

A eleição na França dirá a quanto anda o “choque de civilizações”. A imigração e suas guerras estão dando o tom. A Ucrânia é a penúltima fronteira para se chegar a China. Destruir e ocupar o território dos palestinos é a efetiva demonstração de força da aliança cristã ocidental. 

Jordan, Eric Marion saem na frente do legislativo antecipado. Os conservadores, estão perto do poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. Os imigrantes e os direitos sociais são seus principais alvos. Pediram a dissolução da Assembleia e foram atendidos. O próximo passo, se constituírem maioria absoluta, será solicitar a renunica do presidente.

Jean-Luc, Raphaël e Manon estão em segundo lugar nas pesquisas na disputa pelo poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. A revogação do direito a aposentadoria, aumentar o poder de compra, o fim no massacre aos palestinos e as causas sociais são seus alvos principais.

Emmanuel, GabrielGérald estão no poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. Eles defendem a continuidade da atual política e das reformas em curso. A impopularidade deste governo faz com que a campanha se apoie na desqualificação dos adversários.

O presidente preocupa-se com a possibilidade de uma guerra civil. Ele diz: as extremas direita e esquerda confundidas, por seus propósitos, podem levar a uma divisão do povo francês. É evidente que ele inclui a Guiana dita francesa e a Nova Caledônia, colônias que eles chamam de território de ultramar. 

Bardella e seus seguidores representam a obscura idade das trevas. Para eles, o cristianismo tem uma ação civilizadora superior todas as demais religiões. Em razão disto, aqueles que professam outros credos devem deixar o país. Esta ideologia não se expressa explicitamente, mas sim implicitamente na figura do imigrante. Portanto, este deve pagar por todos os pecados que assolam a França.

Glucksmann e seus aliados falam numa França de todos. E vão na mesma direção para uma Europa acolhedora. Defendem um cessar fogo imediato na Palestina, por isso são tidos como antissemita. Evidentemente, como todos os candidatos, não abordam a questão da Nova Caledônia. 

O resultado é inesperado. Podem chegar na frente Bardella e seus aliados, assim como Glucksmann, é pouco provável que algum destes três segmentos obtenham maioria absoluta. Esta possibilidade mergulhará a o país em uma crise sem precedente. 

Esperamos que ocorra o mesmo das eleições presidenciais de 2002, quando o pai nazista da candidata a presidente conservadora foi para o segundo turno. O percentual de participante aumentou de quase dez percentual e ouve uma mobilização da sociedade em torno do candidato vitorioso.

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