“A novidade era a guerra
entre o feliz poeta”
Aqueles que sonham com uma sociedade que
preserva a natureza são considerados poetas. Aqueles que lutam pela sobrevivência
e aproveitam qualquer possibilidade para garanti-la são considerados
esfomeados. A novidade, que nos amedrontam, é a possibilidade da vitória dos
esfomeados. É desta forma que iniciamos a discussão do conceito de
desenvolvimento sustentável.
O objetivamos demonstrar a fragilidade da definição
contida no relatório da ONU, qual seja: é “aquele que atende
às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações
futuras atenderem às suas necessidades”. Portanto a preocupação dos países de primeiro mundo com o bem estar de
suas futuras gerações está no centro de suas preocupações.
O desenvolvimento não sustentável deu aos europeus
um padrão de vida inigualável. Em todos os lugares o mundo em que os europeus
estiveram os extermínios das populações locais era a tônica. Acompanhada destas
destruições a espoliação era obrigatória. Desta forma houve uma enorme
transferência de riquezas e, mesmo de tradições para o “velho mundo”.
Como consequência disto o número imaginável de
seres humanos deslocados de forma violenta de suas culturas, ainda hoje sofrem com
extrema carência. Lutam uns contra outros e também contra a natureza em busca
da própria sobrevivência.
A definição “oficial” não deixa espaço para criticar
os diversos sistemas de restrição das liberdades, sejam eles políticos, econômicos
ou culturais. Assim a luta contra as restrições as liberdades, como o racismo,
o machismo etc. ficam no aguardo de uma nova compreensão dos formulados da ONU.
Logo, estes sistemas, outrora alimentados pelos europeus ficam impunes.
A liberdade é o ponto central para o início da discussão
do desenvolvimento sustentável. Assim, como base na tese de SEM, que vê o
desenvolvimento como expansão das liberdade, propomos uma definição de
desenvolvimento sustentável que caminhe nesta direção.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento
que levando em consideração o passado, constrói o presente tendo por
base a liberdade dos agentes para construção do futuro com equidade.
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