segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Mercado e Custo Social da Discriminação


Aula do dia 18 de novembro

 

4.1 – Os liberais e o mercado enquanto espaço de troca

 

            Para os liberais o mercado em apenas um espaço de troca. Este espaço é capaz de regular toda a economia. 

 

4.2 – Marxistas e mercado enquanto estrutura

 

Os marxistas não acreditam no mercado. Mas alguns, com visões mais de acordo com a realidade vem o mercado enquanto uma estrutura modelada pelas instituições.

 

4.3 – Os mercados populares enquanto espaço de realização

 

Os mercados populares aprovam a afirmação das duas correntes de pensamento que orientam o debate politico depois de séculos. Com efeito, troca-se produtos em busca de suas utilidades para satisfazer  suas necessidades, assim, como

 

 

4.4 – O Custo social da discriminação

 

A discriminação contra os afro-brasileiros vem causando prejuízos irreparáveis a sociedade. Estes prejuízos podem ser mensuráveis, principalmente de maneira econômica. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

A Cultura Afro-baiana sobreviverá

 

A Cultura Afro-baiana sobreviverá e as ruas continuaram pertencendo ao Povo Negro apesar da prefeitura e do Ministério Público

Tem razão o Prefeito de Salvador ao afirmar que a gestão da mobilidade é trabalho seu. Estaria como mais razão se este trabalho estivesse sendo feito. Não está! Por isso, tem razão o Ministério Público da Bahia de recomendar ao prefeito que faça seu trabalho. Mas ambos têm um consenso, qual seja, como a maioria esmagadora dos prejudicados são empresários afro-brasileiros, eles que se danem, pensam.

Faz parte da cultura dos descendentes de africanos no Brasil, o trabalho nos espaços públicos. Esta foi a única forma de superarem as barreiras que o racismo lhes empunha e ainda impõe.  Muitos constituíram famílias, criaram filhos, netos e prosperam. Exemplos de sucesso não faltam. Alguns casos de sucesso tiveram respostas imediatas do racismo de alguns políticos, como foi o caso da disputa pelos pontos de acarajé do Rio Vermelho. Entretanto, a tradição cultural foi capaz de superar ao “ódio ao outro” manifestado pelas elites culturais.

                O que fatalmente acontecerá na atual disputa entre os representantes destas elites. Com efeito, a função da prefeitura deveria ser facilitar a produção de renda daqueles que produzem riqueza e geram impostos nesta cidade. No caso específico do Bairro da Saúde, trocar o sentido das ruas, criar estacionamento espaços existentes e colocar agentes proibindo estacionamento ilegal. Aliás este último é especialidade da prefeitura. Produzir riquezas e manter a tradição cultural sempre foi uma arte para os afro-descentes. E isto sobreviverá, apesar desta disputa entre aqueles que são agentes da distribuição de renda em seus financiadores.

                Esta distribuição fica evidente em uma prefeitura para a qual mobilidade resume-se a construir viadutos. Endividam a cidade e seus habitantes com obras de eficiência técnica discutíveis. Estas trazem benefícios precários para seus trabalhadores, mas enriquecem os proprietários das empresas, aumentando as desigualdades. Desta forma, perpetuam-se no poder, apesar da distancia cultural que mantem com os afrodescendentes.

                Em fim, temos certeza que a cultura de rua prevalecerá. Esta vitória será emblemática para outros setores culturais que esmolam as migalhas dos poderes.


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Das eleições e da Cultura de Exclusão: a continuação do massacre cultural

 Das eleições e da Cultura de Exclusão: a continuação do massacre cultural

 

Estas eleições foram plenas de ensinamentos. Primeiro a eleição de dois negros do PSOL para a câmara municipal de Salvador. Segundo, a boa votação do candidato deste partido para a prefeitura municipal. Superando, relativamente, partidos que contavam com excelente estrutura, tanto financeira quanto política.

 

A reeleição do atual alcaide não trouxe nenhuma surpresa. Apesar do abandono da cidade, a máquina pública sempre joga a favor da continuidade. As obras de fachada e a ausência de uma impressa independente, dentre outros fatores, muito contribuíram para este resultado. Qual seja, a continuidade de um gestão de pardos para brancos.

 

O racismo é o principal entrave ao crescimento do potencial criativo da maioria da população soteropolitana. O destrave deste obstáculo não foi profundamente discutido neste preito. Este destrave só será possível com uma reforma na educação balizada pela lei 10.639/2003 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de "história e cultura afro-brasileira" no fundamental e médio.

 

Parabéns ao PSOL pela brilhante performa na eleição em Salvador. Principalmente na elisão de Eliete Paraguassu e do Professor Hamilton Assis. Em uma cidade fraturada pela desigualdade racial que determina todas as demais desigualdades, politicas, econômicas, sociais e, sobretudo culturais, a conquistas destes mandatos é importantíssima.

 

Portanto, em uma cidade onde ˜preto vota em preto, branco vota em branco e Negro vota em Negro”, é importante a articulação dos eleitos negros para desarticular uma cultura que torna a representação de oitenta por cento a se identificar com os brancos que governam para os brancos.

 

Mercado enquanto arena de lutas econômicas, sociais, políticas e culturais

 


Economia da Discriminação

Aula do dia 09 de outubro

 

 

Os Clássicos e as alternativas de escolha



 

Nos Clássicos incluímos também suas evoluções no campo da economia, isto é os neoclássicos



 

A economia da discriminação não pode estar fundamentada apenas no mercado de trabalho. 


 

O mercado trabalho faz parte da Economia enquanto instituição, por isto tem uma profunda relação com outros setores desta instituição.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Aula do dia 07 de outubro - Inflação e crise politica

 


Inflação e crise politica: um pouco de história

 

                  Inflação no governo de “cinquenta anos em cinco”

 

                  Reformas de base ou a morte: a angusta JG

 

                  Os gorilas seus milagres

 

                  Distensão e abertura: onde é a saída

 

                  Estabilidade e legitimidade: a amansando o mostro

 

                  Oito anos de estupidez

                  

Aula do dia 07 de outubro - Os Clássicos e as Alternativas de Escolha

 


Os clássicos e as alternativas de Escolha

 

 

 

Os economistas clássicos foram os percussores do liberalismo moderno. Em razão disto, suas contribuições para a economia da discriminação são extremamente limitadas. 

 

Com efeito, Adam Smith, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus, David Ricardo e John Stuart Mill dentre muitos construíram suas teorias econômicas limitadas a liberdade do cidadão e a suas possibilidades de escolha.

 

Para alguns destes o mercado se resumia ao espaço de relações de trocas. Neste espaço apenas o interesse econômico contava. Adam Smith com a “piada do padeiro”, Thomas Malthus sua exótica tese que contrapunha o crescimento populacional ao crescimento da produção de alimentos são dos exemplos emblemáticos do olhar dos clássicos.

 

Desta forma, não vamos encontrar numa contribuição desta corrente para a compreensão da miséria universal que exclui a maioria da população do planeta.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Vamos acabar com este evento.

 Vamos acabar com este evento.

 

Este texto trata da desconstrução das organizações negras levadas a efeito por ideologias que colocam em primeiro ligar os aspectos economicistas das relações sócio/culturais. Vamos destacar alguns agentes do confuso identitarismo de classe que nunca aportou solução para a essência dos problemas da maioria dos brasileiros. Impedir a organização era o proposito final.

 

A influência das organizações marxistas na formação do Movimento Negro nos anos 70 foram decisivas para determinar o futuro deste movimento. Na clandestinidade política e impedidos de atuar nas organizações de identidade de classe, isto é, nos sindicatos, estes grupos se infiltravam em todos os movimentos sociais. O movimento negro não poderia ficar de fora. 

 

Três correntes foram decisivas. A primeira dos herdeiros de Kruschev estava minoritária na organização do evento. A segunda, herdeira de Trótski esteve na vanguarda dos acontecimentos. A ultima, a herdeira de Stalin. Esta teve participação mínima na organização, talvez nenhuma, em razão de sua visão de que somente a luta de classes poderia libertar os trabalhadores independentemente das outras identidades.

 

Após a redução do projeto do MUCDR, levando-o para o gueto do identitarismo racial, o movimento foi obrigatoriamente esvaziado. Para isso, alguns militantes foram utilizados como bucha de canhão, alguns até deslocado para regiões estratégicas.

 

Esta vitoriosa manobra esvaziou os negros de uma autêntica representação nacional, como era os projetos dos jovens revolucionários que ocuparam “As Escadarias”. O MNU se transformou inexpressivas seções estaduais ocupadas por militantes ligados as organizações de identitarismo de classe.

 

Dispersos e isolados, os afro-brasileiros irão dar continuidade ao poder branco na cidade mais negra do país. Portanto, é necessário reconstruir o sonho de uma unidade contra a discriminação racial. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Instabilidade e o processo inflacionário - uma introdução

 

Instabilidade e o processo inflacionário - uma introdução

Aula do dia 23 09 de Contemporânea II 

 

Instabilidade política e ruptura institucional

 

 Silvio Frota exoneração e  Fernando Belfort Bethlem, ex-comandante do III Exército, 

 

 

Modelo Econômico da ditadura instaurado a partir do golpe de primeiro de abril era baseado no tripés

 

 

Capitais Privados Nacionais

 

 

Capitais Externos

Emprestimos e entrada de capitais

 

 

Capital Público

 

Grandes Investimos, principalmente em obras de infraestrutura. Estradas, comunicações, energia etc.

 

 

Crise do Petróleo

 

 

A crise do petróleo de 1973 faz retrair o fluxo dos capitais externo

 

 

 

Porque o modelo Prafrente Brasil foi eficiente, produzindo taxas de crescimento em torno de 

 

 

 

 

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Desenvolvimento Sustentável e a novidade

 

Aula do dia 23 de setembro

Desenvolvimento Sustentável

 

 

O surgimento da ideia

 

Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas.

 

 

Definição

 

“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.(...)” ONU

 

 

Esta caracterização não dá conta das desigualdades regionais, muito menos das contradições

 

 

 

A Novidade – música de Gil

https://www.youtube.com/watch?v=8vXNW9zyKY8

 

https://www.metropoles.com/brasil/carne-de-baleia-encalha-em-salvador-e-moradores-fazem-churrasco

 

Os pardos e a luta política eleitoral

 


Os pardos e a luta política eleitoral

 

As eleições deste ano trazem uma importantíssima novidade. Qual seja: as escurecidas fotos dos candidatos, tanto os reformistas quanto os conservadores. Com efeito, os pardos estão bens representados. 

 

Aos afrodescendentes cabe apenas o papel de coadjuvantes. Alguns com base social e politica, correm o risco de nem chegar perto. Isto, principalmente em razão do fundo eleitoral que distorce do processo eleitoral.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

 


Aula 09 de setembro

Economia Contemporânea

Escravidão e industrialização

 

A escravização dos africanos no Brasil foi o mais longo período de violação dos direitos humanos. 

 

Foi um período de longa estabilidade seja econômica, seja política e mesmo social, apesar das inúmeras revoltas e massacres, principalmente, perpetrados pelos africanos e seus descendentes.

 

O fim deste regime de exploração e opressão só foi possível graça a luta dos escravizados. Estes receberam o apoio de intelectuais, políticos e outros segmentos sociais.

 

Mas seus principais aliados foram os verdadeiros donos da terra, confundidos com os habitantes da Índia, onde pretendiam encontrar as especiarias. Desta forma, africanos e afro-brasileiros construíram milhares de quilombos em todo território nacional.

 

O processo acima proporcionou o surgimento de milhares de pequenos negócios pelo país afora. Dando inicio assim ao processo de industrialização. 

 

A concentração industrial que ocorrer em determinadas regiões do país é fruto de um processo de cunho cultura.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

A volta dos que nunca foram

 – Crise Institucional e Mudanças

 



 

– A Mudança do Modelo: agricultura versus industrialização

 

            O modelo agrário/exportador e seu retorno

 

https://mst.org.br/2020/08/28/o-agronegocio-e-o-mal-e-nao-pop/

 

 





– Da crise da bebida amarga: as formas de intervenção do estado

 

            O convenio de Taubaté

            Manipulação e expropriação do cambio

 

 




– Desenvolvimentismo e Terrorismo de Estado

 

            Um novo modelo de mercado

Evoluçāo Institucional e suas consequências econômicas

 

– A Escravização como instituição

                  A estabilidade da escravização

                  https://www.youtube.com/watch?v=ge5BZjVVKpQ

 

 

– A crise do café e a desastrosa ação do estado

                  A intervenção salvadora

                  http://www.irdeb.ba.gov.br/bahiahistoriadoctaubate.htm

 

 

 

– O fim da republica do café com leite

                  Esgotamento politico do modelo

         

 

 

– Instabilidade politica e ruptura institucional

                  As reformas de base e a inclusão política

 

domingo, 30 de junho de 2024

Choque de Civilização e a eleição francesa

 "UM ESPECTRO RONDA A EUROPA — o espectro do comunismo". Não deu certo. "UM - outro - ESPECTRO RONDA A EUROPA — espectro de se vê face a face com seu ódio ao outro. 

A eleição na França dirá a quanto anda o “choque de civilizações”. A imigração e suas guerras estão dando o tom. A Ucrânia é a penúltima fronteira para se chegar a China. Destruir e ocupar o território dos palestinos é a efetiva demonstração de força da aliança cristã ocidental. 

Jordan, Eric Marion saem na frente do legislativo antecipado. Os conservadores, estão perto do poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. Os imigrantes e os direitos sociais são seus principais alvos. Pediram a dissolução da Assembleia e foram atendidos. O próximo passo, se constituírem maioria absoluta, será solicitar a renunica do presidente.

Jean-Luc, Raphaël e Manon estão em segundo lugar nas pesquisas na disputa pelo poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. A revogação do direito a aposentadoria, aumentar o poder de compra, o fim no massacre aos palestinos e as causas sociais são seus alvos principais.

Emmanuel, GabrielGérald estão no poder na república da liberdade, igualdade e fraternidade. Eles defendem a continuidade da atual política e das reformas em curso. A impopularidade deste governo faz com que a campanha se apoie na desqualificação dos adversários.

O presidente preocupa-se com a possibilidade de uma guerra civil. Ele diz: as extremas direita e esquerda confundidas, por seus propósitos, podem levar a uma divisão do povo francês. É evidente que ele inclui a Guiana dita francesa e a Nova Caledônia, colônias que eles chamam de território de ultramar. 

Bardella e seus seguidores representam a obscura idade das trevas. Para eles, o cristianismo tem uma ação civilizadora superior todas as demais religiões. Em razão disto, aqueles que professam outros credos devem deixar o país. Esta ideologia não se expressa explicitamente, mas sim implicitamente na figura do imigrante. Portanto, este deve pagar por todos os pecados que assolam a França.

Glucksmann e seus aliados falam numa França de todos. E vão na mesma direção para uma Europa acolhedora. Defendem um cessar fogo imediato na Palestina, por isso são tidos como antissemita. Evidentemente, como todos os candidatos, não abordam a questão da Nova Caledônia. 

O resultado é inesperado. Podem chegar na frente Bardella e seus aliados, assim como Glucksmann, é pouco provável que algum destes três segmentos obtenham maioria absoluta. Esta possibilidade mergulhará a o país em uma crise sem precedente. 

Esperamos que ocorra o mesmo das eleições presidenciais de 2002, quando o pai nazista da candidata a presidente conservadora foi para o segundo turno. O percentual de participante aumentou de quase dez percentual e ouve uma mobilização da sociedade em torno do candidato vitorioso.

domingo, 16 de junho de 2024

A Dívida Pública e o “ódio ao outro”, uma relação inseparável

 

A Dívida Pública e o “ódio ao outro”, uma relação inseparável

 

Para abordar a dívida pública, numa perspectiva insurgente é necessário abordar sua razão, sua lógica de reprodução e a ausência na esfera de poder daqueles que mais produzem riquezas e não são representados nas esferas de poder. É este caminho que vamos percorrer.

Dentro de um sistema em que a razão é a confiança, uma dívida é algo natural, salutar e, até mesmo, desejável. Com efeito, o capitalismo tem no crédito sua mola propulsora. Não é sem sentido que leva este nome, trata-se de uma aposta no futuro. O problema se põe quando não se honra o compromisso de pagamento.

É esta a questão que mais importa: porque não se tem condição de pagar a dívida? A resposta, simples por que não se tem dinheiro. A questão que aparece imediatamente, parece óbvia, porque não se tem dinheiro?

O trabalhador e o pequeno empresário podem se contentar com esta resposta, mas para um país, principalmente do porte do Brasil, esta resposta não faz sentido. Um país de dimensões continental; detentor de riqueza inesgotável de norte ao sul; composta de uma população jovem e dinâmica não poderia permanecer por tão longo e indefinível período com a maioria de seu povo na pobreza.

Os viadutos, as pontes, os metros e as festas juninas são financiadas pelos cofres públicos. Além disto, a barata e eficiente máquina pública e seus dedicados agentes fazem a máquina girar, embora maltratados e desprezados pelos políticos, nos quais eles fielmente apoiam. Estas ações contribuem para o aumento da impagável dívida.

Na verdade, o país não consegue gerar riqueza para pagar suas dívidas. E não consegue gerar porque não mobiliza seus recursos de forma a produzir riqueza. No entanto, as necessidades básicas da população têm de ser supridas, embora de forma precária. Por este motivo a dívida não deixa de subir de forma quase exponencial. E, ainda, para agravar, a riqueza que é de forma quase vegetativa é apropriada pelos diversos agentes econômicos de forma totalmente desequilibrada.

A incapacidade de produzir riqueza é uma decorrência do “ódio ao Outro”. Com efeito, o racismo impede que o agente principal da produção circule livremente, produzindo por isso, riqueza. A circulação da terra está limitada desde 1850 em razão da Lei da Terra. O capital está sob o controle de um filhote do inelegível no Banco Central, portanto pouco resta a fazer.

Infelizmente, os mais prejudicados com o estorvo da dívida pública não têm qualquer representação na esfera de poder, embora em valores numéricos, elegem os políticos que imediatamente lhes dão as costas. Estes escolhem aqueles que são mais capazes de expor suas esdrúxulas teses copiadas de suas matrizes eurocêntricas.

Portanto sem combate diuturno contra a discriminação racial que atinge a maioria da população brasileira não teremos condição de pagar a dívidas que beneficia todos os segmentos sociais.

domingo, 9 de junho de 2024

Consenso das Elites e Racismo

 

Consenso das Elites e Racismo

 

Objetivamos demonstrar que os planos econômicos devem levar em consideração o aspecto cultural. Por exemplo, os revolucionários de primeiro de abril ou os golpistas de 31 de março, na ânsia de fazer “um país que vai pra frente”, anularam alguns aspectos da cultura enquanto instituição, o que permitiu um forte crescimento econômico.

O Plano real foi o plano econômico mais bem sucedido da história da república. Salvo, evidentemente os planos que pretendiam ser desenvolvimento, como o SALTE e o Plano de Metas. Estes retumbantes fracassos.

A crise econômica dos anos oitenta com inflação na casa dos 80% ao mês era fruto da instabilidade politica resultante do esgotamento da ditadura militar. Os irresponsáveis esgotaram seus arsenais de crueldade. Explicitando suas incapacidades de fazer política. Portanto, a instabilidade política manifestava-se na economia pelo desajuste dos preços.

O Plano Real foi uma mistura de ficção e realidade. Da noite para o dia, numa espécie de abracadabra, a moeda nacional ficou mais forte que o dólar. Esta medida provocou uma quebradeira geral em muitos segmentos econômicos pelo barateamento do dólar. Mas todos os atores do espetáculo sabiam que tinham algo a perder ou a ganhar. Por isso, suportaram suas perdas.

Muitas das medidas tomadas iam de encontro com ideário liberal, ou neoliberal como gostam alguns intelectuais da esquerda. Um exemplo foi a lei 9249/95, que “estabeleceu a isenção na distribuição de lucros e dividendos vigente até a atualidade”. Isentar o cidadao e tributa o coletivo (Pessoa juridica), é transferir a responsabilidade de financiamento do Estado por um ente subjetivo.

Foram medidas economicamente corretas, tecnicamente equivocadas e politicamente perfeitas. As elites, sejam conservadoras ou reformistas, são capazes de chegar a um concesso toda vez que veem seus interesses ameaçados, a exclusão do “outro” é ponto sempre presente na busca do consenso das elites. O consenso que se produziu foi a razão do sucesso do real.

O pacto político que permitiu este milagre perdurou até o golpe liderado pelo seu vice, este desta fez apenas civil. O pacto não foi apenas econômico, foi acima de tudo cultural. Um exemplo de longe da importância do aspecto cultural encontramos na China. Esta fez duas revoluções em menos de um século. A primeira, foi política e econômica que agravou a situação, em decorrência da persistência do modelo cultural.

Portanto, antes de qualquer plano econômicos ou de desenvolvimento devemos pensar em nossa revolução cultural. Esta revolução deve superar a mais antiga de nossas instituições que é o racismo.


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA NOVA LEITURA FAZ-SE URGENTE

 

“A novidade era a guerra
entre o feliz poeta

 

Aqueles que sonham com uma sociedade que preserva a natureza são considerados poetas. Aqueles que lutam pela sobrevivência e aproveitam qualquer possibilidade para garanti-la são considerados esfomeados. A novidade, que nos amedrontam, é a possibilidade da vitória dos esfomeados. É desta forma que iniciamos a discussão do conceito de desenvolvimento sustentável.

O objetivamos demonstrar a fragilidade da definição contida no relatório da ONU, qual seja: é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Portanto a preocupação dos países de primeiro mundo com o bem estar de suas futuras gerações está no centro de suas preocupações.

O desenvolvimento não sustentável deu aos europeus um padrão de vida inigualável. Em todos os lugares o mundo em que os europeus estiveram os extermínios das populações locais era a tônica. Acompanhada destas destruições a espoliação era obrigatória. Desta forma houve uma enorme transferência de riquezas e, mesmo de tradições para o “velho mundo”.

Como consequência disto o número imaginável de seres humanos deslocados de forma violenta de suas culturas, ainda hoje sofrem com extrema carência. Lutam uns contra outros e também contra a natureza em busca da própria sobrevivência.

A definição “oficial” não deixa espaço para criticar os diversos sistemas de restrição das liberdades, sejam eles políticos, econômicos ou culturais. Assim a luta contra as restrições as liberdades, como o racismo, o machismo etc. ficam no aguardo de uma nova compreensão dos formulados da ONU. Logo, estes sistemas, outrora alimentados pelos europeus ficam impunes.

A liberdade é o ponto central para o início da discussão do desenvolvimento sustentável. Assim, como base na tese de SEM, que vê o desenvolvimento como expansão das liberdade, propomos uma definição de desenvolvimento sustentável que caminhe nesta direção.

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que levando em consideração o passado, constrói o presente tendo por base a liberdade dos agentes para construção do futuro com equidade.


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Racismo e Estado

 


Só poderá existir desenvolvimento sustentável quando estiver presente a livre circulação dos fatores de produção. No caso do Brasil, todos os fatores sofrem pressão de outros agentes. Destes agentes destacamos o Estado.

Historicamente o estado brasileiro, em suas três dimensões vem tento tido papel nefasto para o desenvolvimento. No momento atual, é o desenvolvimento sustentável que se vê ameaçado pelo Estado.

O insentivo aos incêndios, a ocupação das áreas de preservação são fichinhas diante dos ataquees  aos direitos humanos. Assassinatos em serie, violência contra as mulheres são exacerbações que acompanham as falas das autoridades.

A longa escravidão no Brasil não aconteceria sem ação do Estado. A ação do estado procurava garantir a sustentabilidade de um regime que se nutria de humanos.

O Estado aplica aquilo que os grupos de pressão que estão nas mãos das elites culturais conservadoras necessitam para ajudar na reprodução do seu capital